No último dia 12, dois agentes da Polícia Militar foram denunciados pelo estupro de uma garota de 19 anos em Praia Grande. Nesse sábado (29), foi divulgado um vídeo de câmeras de segurança confirmando que um dos policiais militares realmente entrou no banco de trás da viatura com a vítima. Isso contraria a versão dos dois policiais de que teriam viajado ambos no banco da frente.
As imagens servem como prova para a versão da jovem. Segundo o seu relato, o estupro ocorreu no veículo da PM. O laudo pericial também aponta evidências de violência sexual, inclusive na viatura.
A garota informou, no dia 12 de junho, voltava de uma festa de uma amiga e pediu ajuda aos policias para encontrar o ponto de ônibus. Os policias ofereceram carona até o terminal rodoviário, onde haveria ônibus para São Vicente, onde mora. Quando entrou na viatura, um dos policias sentou-se ao seu lado e, com o carro já em movimento, puxou seu cabelo para que a ela o beijasse. Pouco depois, ele a estuprou.
Os dois policias foram presos preventivamente e o caso segue sob investigação da Delegacia da Mulher de Praia Grande. À imprensa, a ouvidoria da polícia se mostra perplexa, tratando o fato como caso isolado. A Polícia Militar, tão protegida pela imprensa burguesa, ao contrário de ser composta por protetores da população, é uma instituição repleta de estupradores e de assassinos.
Lutar para acabar com a violência sexual significa lutar também pela dissolução dessa corporação de extermínio do povo e enfrentar os seus defensores. Essa reivindicação deve ser resultado de uma ampla mobilização em torno desses problemas resultantes da repressão estatal. Trata-se de uma medida democrática para reduzir os danos causados pelo Estado contra as mulheres, os negros e os trabalhadores.