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Trabalhar pelo povo

O trabalho do revolucionário e do seu partido

Um militante tem o dever de defender a classe operária e o povo oprimido

Por Henrique Áreas

O objetivo desta coluna não é fazer nenhuma grande discusssão filosófica sobre o problema da militância política e do partido revolucionário, mas apresentar, em contraposição com o que vem defendendo quase que por unanimidade a esquerda brasileira, qual deve ser o comportamento dos militantes de um partido num momento de crise como a que estamos vivendo.

Há, nesse momento, por conta da crise, uma marco na esquerda brasileira. A maioria dos partidos da esquerda pequeno-burguesa optou por adotar integralmente a política da burguesia: ficar em casa e só! Adotaram essa política de maneira tão completa que a atividade da esquerda cessou.

O exemplo mais acabado dessa política foi a decisão dos sindicatos de fecharem as portas para trabalhar em “home office”, mesmo que para a maioria da classe trabalhadora isso não seja possível. Nesse sentido, o sindicalista abandona a categoria e assume de vez que é uma casta privilegiada, uma burocracia que pode se dar ao luxo de se esconder enquanto os trabalhadores que deveriam se defendidos por ela são obrigados a trabalharem sob risco de ficar doentes.

A maioria da esquerda adotou a quarentena como forma de se esconder e descansar. A atividade, mesmo na internet, diminuiu bastante. Poucos apresentam propostas para a crise que, em geral, seriam inócuas já que vêm acompanhadas de uma “fique em casa” que é parecido com dizer “não se mobilize”.

Os que têm parlamentares aproveitam para jogar suas esperanças no Congresso repleto de bolsonaristas e elementos da direita golpista.

Os que não têm parlamentares simplesmente ficam em casa lendo romances ou pior assistindo novela.

Os momentos de crise mais aguda sempre serviram, na história, como um divisor de águas entre os partidos revolucionários e operários e os partidos da esquerda que capitularam vergonhosamente diante da burguesia.

A catástrofe da Primeira Guerra Mundial separou os revolucionários dos traidores da social-democracia que apoiaram que os operários fossem mandados para morrer na guerra em nome da ideologia imperialista “pátria”.

Esses que traíram o movimento operário fizeram em nome da unidade nacional e apoiaram o massacre dos operários na guerra.

Talvez ainda não estejamos numa catástrofe tão grande, mas já é possível perceber que a esquerda pequeno-burguesa segue o mesmo caminho. Fique em casa em nome da unidade nacional na guerra contra o vírus. Essa é a propaganda da burguesia.

Mas qual seria o papel do revolucionário nesse caso? Obviamente que não é se esconder nem simplesmente “ficar em casa”. Não se trata aqui de ignorar recomendações médicas e científicas, mas de questionar algo simples: e aqueles que estão sendo obrigados a sair de casa? E aqueles que não conseguirão suportar uma quarentena por muito tempo sem começar a passar fome?

Nesse ponto, o militante e o partido operário tem um dever: agir para defender sua classe. Nesse hora é que se sabe se um partido representa os trabalhadores apenas no discurso ou se ele entende que é parte integrante da classe que ele representa e que portanto é preciso estar junto a essa classe.

A obrigação de um militante é trabalhar pelo povo. É esse o ofício do revolucionário nas melhores ou nas piores condições. Quem se esconde não perdeu a credencial de militante, assumiu que nada tem a ver com os trabalhadores, faz parte de outra classe social.

Assim como o médico tem a obrigação de sair de casa para tratar os doentes, um militante tem o dever de trabalhar pelo povo.

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