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O suicídio do ex-presidente peruano e as implicações políticas

O programa Análise Política da Semana é apresentado todos os sábados, a partir das 11h30, por Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO), no canal Causa Operária TV e na Rádio Causa Operária.

É um momento de análise e de debate relacionados aos acontecimentos importantes que permeiam recentemente o cenário político nacional e internacional, com perguntas do público presente no Auditório Frederich Engels e pelos que acompanham a Análise Política pela internet. Além disso, constituiu-se, nos últimos anos, num meio de orientação para a esquerda em geral, para os movimentos sociais e para as organizações populares, que buscam clareza e direcionamento para a luta contra o avanço do Golpe de Estado no Brasil.

No sábado passado, dia 20/4, o companheiro Rui comentou sobre o suicídio do ex-presidente peruano, Alan García, consequência de um processo de perseguição política idêntico à Lava Jato no Brasil. Ele traçou um paralelo com o que acontece no Peru e nos outros países da América Latina com o que está acontecendo no Brasil. Leia o trecho a seguir:

” (…) o Peru sofre um processo quase idêntico ao Brasil de Golpe de Estado e de manipulação política pelo imperialismo, inclusive com a mesma metodologia.

O ex-presidente peruano se matou porque iniciou-se um processo jurídico. E esse processo jurídico, idêntico ao da Lava Jato (que alguns, inclusive, chamam de “Lava Jato peruana”), incriminou esse presidente. E ele, achando que já era demais isso daí, cometeu suicídio. Vai saber quais outras causas influíram, mas ele deixou uma carta dizendo que ele não ia se submeter a esse tipo de arbitrariedade, de humilhação, etc. e tal.

O processo peruano é muito parecido com o do Brasil, só que ele se deu em etapas um pouquinho diferentes. Mas ele é muito parecido. Primeiramente, o Peru elegeu um presidente de esquerda (uma esquerda burguesa nacionalista): o Humala. Ele foi totalmente sabotado durante um longo período. Conseguiu cumprir o seu mandato, mas foi obrigado a renunciar. Aí elegeu-se um presidente mais direitista, mais afinado com a política internacional do imperialismo, mas isso não foi suficiente. E esse presidente foi derrubado no meio do mandato (o Kuczynski). E agora, o vice presidente dele, que está exercendo o governo do Peru, está levando adiante uma ofensiva contra todos os partidos peruanos. Dois ex-presidentes estavam sendo indiciados; o Alan García iria ser indiciado agora e cometeu suicídio.

Isso daí é bom a gente destacar (o que não é propriamente nenhuma novidade); a gente até já falou sobre isso em outras oportunidades, mas é importante destacar diante dos acontecimentos para mostrar que o que acontece na América Latina é um padrão. È quase um “script” de utilização das denúncias de corrupção, de formação (através do Judiciário) de um mecanismo de perseguição política, de tomada do governo para amparar esse mecanismo de perseguição política e desmantelamento das estruturas políticas tradicionais, não só da esquerda do tipo “PT”, mas até de setores muito mais moderados, como é o caso do Alan García e do APRA.

É importante trazer isso à tona neste momento porque, no Brasil, existe todo um esforço para esquecer o processo político. Existe um esforço da parte da esquerda para mostrar o seguinte: “Não. Veja: está tudo normal! Vamos continuar com aquela vidinha parlamentar! Acredite: vai dar certo! Nós vamos lá no Congresso dominando pelo PSL e vamos “fazer o bem do Brasil”! Se nós não estamos conseguindo “fazer o bem máximo” neste momento, logo virão as Eleições Municipais. Aí sim que nós vamos mudar o quadro político do Brasil! E depois, a “grande esperança”, a “grande tocha de esperança”, é que nós vamos ganhar a Eleição de 2020 e o Paraíso vai se estabelecer na Terra!” Quer dizer: é uma política vigarista, é uma política de enganação do povo e é uma política até criminosa (…)!

Existe toda uma tendência a ignorar o que está acontecendo no Brasil e no conjunto da América Latina. Nós já tivemos a oportunidade aqui de analisar, quase que caso por caso na América Latina, e nós vimos no Paraguai a mesma coisa. No Paraguai, inclusive, é um caso incômodo para os “otimistas de 2022”, porque, depois do Golpe [no Paraguai], já teve duas eleições. E nas duas eleições, a balança eleitoral (que é a “voz do povo”) mostrou que “o povo prefere, na realidade, a extrema-direita”. No Equador, usurparam o poder. O presidente da república, que era vice do Rafael Correa, deu um Golpe dentro do governo. Traiu todos os seus compromissos políticos e se vendeu para o imperialismo. E está perseguindo todo mundo: o Rafael Correa e várias outras pessoas. A perseguição judicial é enorme! É interessante ver como o Judiciário, de repente, começou a adquirir “vida própria” em todos os países da América Latina (…). “

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