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Europa é sacudida por práticas de racismo no futebol

Nas últimas semanas, o futebol europeu vem sendo sacudido por sucessivos casos de racismo ocorridos nos estádios do velho continente, com odiosos atos e manifestações racistas envolvendo vários países, times, jogadores e até órgãos de imprensa, que repercutiram mundialmente.

Nas últimas décadas, a Europa tem sido o destino de milhares de refugiados de outros continentes, principalmente o africano, que ali se dirigem em busca da sobrevivência e um recomeço de vida, numa tentativa de se livrar da miséria, da fome, das guerras e de outras tragédias sociais imanentes ao capitalismo e provocadas pela ação predatória dos países imperialistas (inclusive europeus) sobre a África.

Nunca é demais lembrar que são os próprios colonizadores europeus os maiores responsáveis pela situação de miséria e pauperização extrema vivenciada hoje pelo continente negro, onde ali chegaram não só para explorar economicamente, como para submeter e subjugar os povos nativos.

É sabido que a Europa vem sendo palco, também nas últimas décadas, da ascensão da extrema-direita fascista, onde, em quase todo o continente, recrudescem práticas e manifestações de grupos neonazistas, que buscam intimidar, insultar e atacar os imigrantes, particularmente aqueles oriundos da África e dos países árabes.

O futebol europeu, obviamente, não poderia deixar de expressar esse fenômeno do crescimento da extrema-direita, pois muitos jogadores negros que atuam hoje nos maiores clubes europeus são africanos ou filhos de pais africanos nascidos no velho continente, alguns inclusive adotando a cidadania do país onde atuam para assim defender a seleção de futebol principal. O racismo, no entanto, não se restringe aos africanos ou árabes, pois jogadores brasileiros que jogam na Europa também são vítimas de manifestações racistas.

A entidade que controla o futebol mundial (FIFA) e também a entidade europeia (UEFA) asseguram que realizam campanhas dentro e fora dos estádios para inibir e coibir as práticas discriminatórias, particularmente o racismo. No entanto, o que se pode constatar é o aumento vertiginoso das práticas racistas nas competições que acontecem nos gramados europeus. Isso porque não há, de fato, um interesse real em combater tais práticas, como declarou o jogador inglês Danny Rose, do Tottenham e da seleção inglesa: “claro, é muito triste (se sentir assim), mas quando países são só multados com o que eu provavelmente gasto em uma noite em Londres, o que eu devo esperar?”, questionou o jogador inglês. “Meu treinador foi suspenso por dois jogos por questionar a decisão do árbitro Mike Dean. Mas um país só pode ser multado com uma pequena quantidade de dinheiro por ser racista. É uma farsa. É aí que estamos no futebol, e até que haja uma punição severa”, pontuou (ESPN, 03/04).

Outro jogador da seleção inglesa, Sterling, que atua pelo Manchester City, foi insultado com injúrias e gestos racistas na partida em que os ingleses derrotaram a seleção de Montenegro, na casa dos montenegrinos, em partida válida pelas eliminatórias europeias. Sterling, que marcou dois gols na goleada inglesa, respondeu às ofensas “tirando um sarro” dos torcedores que lhe dirigiram os insultos. Mas depois da partida, o jogador fez um duro ataque nas redes sociais aos ofensores, não poupando críticas também às autoridades que dirigem o futebol no velho continente.

No episódio mais recente, o jogador italiano de origem marfinense, Moise Kean, que atua na Juventus, foi alvo de ofensas e insultos por parte de torcedores do Cagliari, na partida em que o time da cidade de Turim, o maior campeão da Itália, derrotou o adversário pelo placar de 2 x 0. Kean foi o autor de um dos gols da partida e seu gol despertou a fúria insana e direitista de parte da torcida do time local. O jovem atacante tem sido um dos destaques do time da Juventus no campeonato.

As práticas discriminatórias e racistas de ataques aos negros, aos árabes, aos latinos, às mulheres, enfim a todos os povos oprimidos do planeta somente terão fim com a luta organizada, tenaz e decidida contra o capitalismo e a propriedade privada dos meios de produção, fonte de toda a miséria e opressão vivenciada hoje pelo conjunto da humanidade.

 

 

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