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O racismo dos monopólios imperialistas é muito mais do que uma propaganda

Uma propaganda da Nike britânica foi acusada de racista nas redes sociais, o que levou o monopólio imperialista a retirar a propaganda de circulação. A propaganda veiculada em Londres é de uma touca para aquecer toda a cabeça, parecida com uma balaclava ou “touca ninja”, o modelo da propaganda era negro. Rapidamente a propaganda foi criticada sob o argumento de que reforça os estereótipos e rótulos racistas.

A imagem do homem negro com uma touca que encobre o seu rosto foi denunciada como um reforço do preconceito difundido pelos racistas de que o negro é “bandido”, participante das gangues que existem no país etc. Estabelecendo assim uma relação direta entre criminalidade e raça, contribuindo para o aumento do preconceito racial e por decorrência da segregação do negro.

Após, as críticas nas redes, o monopólio imperialista retirou a propaganda e afirmou que não apoia ou apoiou a cultura racista e que a touca faz parte de uma coleção.

Todavia, esse fato abre espaço para discutir o problema da luta do negro de maneira mais geral e os meios mais adequados para travá-la. Há diversas compreensões, teorias sobre o problema do negro na sociedade capitalistas, naturalmente que essas compreensões e teorias não estão isentas da luta de classes, expressam sempre algum interesse. Essa ideia que esboçamos acima, e que é muito difundida denota uma certa compreensão do problema do negro, mas que o vê, contudo, de cabeça para baixo.

O problema do negro colocado nesta perspectiva aparece como um problema ideológico, ou seja o negro é oprimido porque há uma apreciação social negativa contra ele, por algum motivo não totalmente esclarecido. Essa apreciação negativa que é responsável pela opressão do negro social e política do negro, daí, por exemplo dar importância fundamental à representatividade, buscar impedir que palavras depreciativas sejam ditas, que certas propagandas, consideradas impróprias, que reforçam a apreciação negativa, sejam veiculadas etc. Nesta perspectiva a educação seria a grande aliada para acabar com a apreciação negativa do negro.

Acontece, porém que esta concepção é falsa  e induz ao erro. O negro é, fora da África, uma “etnia, um povo, uma população oprimida e super-explorada dentro e pelos Estados nacionais, como se fosses sub-cidadãos de fato, embora hoje em dia não tenha mais Estado legalmente racista. Na África os países estão entre os mais explorados e oprimidos pelo imperialismo, uma opressão e exploração brutal, atroz.

A apreciação negativa o racismo etc., são expressão ideológica da dominação econômica, social e política real que pesa sobre a população negra, promovida pelos estados burgueses e pelo capitalismo em geral e não o contrário.

Nesse sentido a luta do negro é eminentemente uma luta política, dirige-se contra o Estado em favor de seus direitos democráticos ou quando impossível da criação de seu próprio Estado.

A luta apenas contra os aspectos ideológicos é  um trabalho de sísifo, pois não elimina nem a opressão real do negro e nem o racismo que é reflexo desta opressão. A eliminação da linguagem e dos signos que se considera racistas é impossível sem a eliminação da opressão real, e mesmo que fosse possível apenas disfarçaria a opressão que o negro sofre sem libertá-lo dela. A Nike é racista não apenas porque faça propaganda que reforça os estereótipos raciais, mas porque é uma empresa imperialista que explora e oprime os povos dos países atrasados e até mesmo escraviza pessoas efetivamente, como já foi denunciado inúmeras vezes.

A luta do negro passa por sua organização política para a defesa dos seus direitos democráticos e da igualdade substantiva que a burguesia nega sistematicamente ao negro e a outras populações, pois não pode incluí-los. Por conseguinte a luta do negro também passa pela luta pelo socialismo único sistema capaz de colocar todos em pé de igualdade real e não apenas em palavras, na aparência.

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