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Como ficarão os trabalhadores?

O que virá depois da pandemia?

Infelizmente, com uma crise como não se via há tempos e governos cada vez mais burgueses, a classe trabalhadora será a mais afetada no pós pandemia

O cenário econômico mundial já se encontrava em crise antes mesmo do Coronavírus, e tudo foi potencializado com a chegada da pandemia. Com PIB’s modestos no ano 2019, com o crescimento quase nulo, países como o Brasil e agora até mesmo grandes potências imperialistas estão com estimativas cada vez mais catastróficas, e o pior, tudo ainda é incerto e os números podem ser ainda piores. Segundo economistas, o PIB brasileiro deve recuar 5,4% (em números conservadores) e as estimativas quanto à renda per capita é de uma perda de 12%, isso se o recuo da economia for menor, de 4,7%. Na União Européia, as previsões são de 5% a 10% de contração da Economia, onde países como Espanha, Itália e França preveem quedas que podem variar de 5% a 13%, enquanto os Estados Unidos tem uma previsão de 5,9% de queda, segundo o FMI, tudo isso ainda em um cenário duvidoso.

Mas o que estes números representam na vida da classe trabalhadora? Com uma crise como não se via há tempos e governos cada vez mais direitistas, a classe trabalhadora será a mais afetada no pós pandemia. Estima-se que a população mundial que realmente passa fome deve praticamente dobrar chegando a 236 milhões de pessoas, e aqueles que estarão em situação de insegurança alimentar devem passar os 800 milhões, segundo a ONU. No Brasil, o ano de 2020 deve fechar com 14,7 milhões de trabalhadores em situação de extrema pobreza, o que representa 7% da população, colocando o Brasil mais uma vez no mapa da fome, após a sua saída em 2014. Estes números podem ser explicados não apenas pela situação em que nos encontramos, mas também o que será feito depois que o pior passar.

Os trabalhadores já se encontram em completa exploração e nem mesmo a pandemia fez parar os grandes capitalistas, milhões de trabalhadores estão sendo obrigados a enfrentarem o perigo de se infectarem com o vírus para que os capitalistas não percam seus lucros, a quarentena não existe para a grande massa trabalhadora. O transporte público continua lotado, existem salários sendo cortados mais da metade e nisso a população é obrigada a se sujeitar a estas condições para não morrer de fome. A exploração dos trabalhadores para que estes paguem pela crise burguesa já começou e deve se intensificar nos meses em que houver pandemia e após a ela. Ao contrário do que é propagado imprensa burguesa e pela pequena burguesia de que estamos enfrentando o mesmo problema e “estamos no mesmo barco”, o que vemos é um acirramento da luta de classes e das contradições entre a burguesia e o proletariado. Muito engana também os discursos de que entraremos em uma época mais altruísta e que a ajuda mútua virá de todas as formas, e esse discurso é potencializado pelas ações mínimas de grandes capitalistas diante da pandemia, criando um ar de solidariedade amplamente divulgado para a classe trabalhadora.

O que não é divulgado é que estamos entrando numa tendência de uma potencialização do neoliberalismo para que os lucros capitalistas continuem garantidos. Seria muita ingenuidade achar que quando a pandemia passar estaremos em uma sociedade mais próxima do socialismo, não se continuarmos a acreditarmos no estado burguês e no altruísmo dos grandes capitalistas, um grande exemplo de políticas exploradoras diante a crise é a Índia, que praticamente extinguiu os direitos trabalhistas no país. Os trabalhadores já enfrentam e deverão enfrentar mais retiradas de direitos trabalhistas, de renda e o número de pessoas entrando para a extrema pobreza só tende aumentar. As políticas da burguesia nunca contemplaram os trabalhadores e não seria agora em plena crise profunda que isso iria mudar. A tendência é que os trabalhadores deverão enfrentar ainda mais problemas causados pela burguesia e a única saída para que o proletariado não pague pela crise é a organização dos trabalhadores.

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