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Lula

O que ocorreu em 2018 e como evitar que ocorra de novo em 2022

Aceitar que os golpistas impeçam o maior líder popular do País de ser candidato em 2022 resultará no aprofundamento do golpe

A mera especulação de que o ex-presidente Lula teria pedido a Fernando Haddad para ser o seu candidato à presidência da República em 2022 agitou todo o mundo da política na última sexta-feira (5). Originalmente, três órgãos confirmaram que a conversa teria, de fato, acontecido. A colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, conhecida pelo seu acesso a informações exclusivas dos bastidores da política, não citou qualquer fonte, mas foi quem queimou a largada. O portal Brasil 247, por sua vez, afirmou ter conversado com Fernando Haddad e confirmou a versão. O Globo publicou, em matéria, uma suposta fala de Haddad ao jornal declarando que não haveria condições para viabilizar a candidatura de Lula. Até agora, Lula não se pronunciou oficialmente.

Mesmo que a conversa tenha acontecido, nada em relação às eleições de 2022 já está definido. O próprio Lula já havia descartado a possibilidade de se candidatar, mas voltou atrás em seu contundente discurso no Dia da Independência. No entanto, o fato de que isso tenha vindo à tona mostra que há uma operação em marcha para substituir Lula nas próximas eleições presidenciais. E essa operação tem um chefe: a burguesia.

Substituir Lula por qualquer candidato — ainda mais por um político da direita do PT, como Fernando Haddad — é exatamente o que os golpistas precisam para derrotar a esquerda nas próximas eleições. Mas não se trata de uma novidade. Esse mesmo recurso foi utilizado em 2018 e o resultado foi desastroso: o próprio Fernando Haddad foi derrotado pelo fascista Jair Bolsonaro.

Em 2018, a luta contra o golpe e a revolta contra as medidas impopulares do governo de Michel Temer fortaleceram a figura do ex-presidente Lula, maior líder popular do País. Preso por meio de um processo fraudulento, Lula, que liderava todas as pesquisas de intenção de voto da burguesia, foi impedido de concorrer. O motivo era claro: como Lula era apoiado por um movimento real, popular e poderoso, sua candidatura poderia levar a um desequilíbrio do regime. Se vencesse, seria pressionado para desfazer as reformas do governo Temer. Se o povo estivesse mobilizado, mesmo sua derrota poderia servir de pretexto para uma insurreição contra os golpistas.

Quando a esquerda de conjunto decidiu apoiar Fernando Haddad, rifando a candidatura de Lula, o caminho ficou aberto para que a burguesia manipulasse as eleições a seu favor. Como o governo Temer estava muito desmoralizado, a direita apostou em Bolsonaro, mesmo esse não sendo um candidato tradicional da burguesia. Afinal, contra o PT, a direita estava disposta a apoiar qualquer um. E continua disposta. As eleições na Câmara mostraram que não há qualquer grande oposição ideológica da direita em relação ao governo Bolsonaro.

Além disso, ao rifar a candidatura de Lula, que já era, em si, uma capitulação, uma tentativa de não se indispor com o regime que proibiu Lula de ser candidato, o PT escolheu um candidato fraco, que não era popular, nem representava os anseios da militância do próprio partido. Enquanto os trabalhadores queriam enfrentar a direita, Haddad foi ao Jornal Nacional elogiar a Lava Jato. Não era possível vencer, pois, sem um movimento geral contra a direita, não é possível conseguir o apoio amplo das massas.

Foi justamente a tentativa de se mostrar como uma candidatura “de centro”, “não radical”, que o PT foi derrotado. Para evitar outro desastre — e dessa vez, ainda mais profundo —, é preciso defender até as últimas consequências a candidatura de Lula. Em vez de baixar a cabeça para o regime golpista, é papel da esquerda, em 2022, adotar um programa que mostre ao trabalhador que Lula é seu candidato. O candidato da luta pela terra, pelas universidades, contra o desemprego. Um candidato que valha a pena lutar para ter.

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