Da redação – Um caso extremamente escandaloso aconteceu nesta sexta-feira (19), em Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira (MG), envolvendo policiais civis de São Paulo e de Minas Gerais que trabalhavam para uma transação ilegal entre dólares e notas falsas envolvendo empresários.
As informações que circulam na imprensa burguesa, parecendo mais um filme clichê de Hollywood, revelam que os policiais faziam uma escolta particular de um empresário de São Paulo para Juiz de Fora com uma grande quantidade de dólares para realizar a troca da moeda no município. O “negócio” não acabou bem, segundo o que se sabe, quando se descobriu que parte das notas em real eram falsas, o “bang bang” começou ao melhor estilo “filme de ação” da máfia.
O tiroteio resultou na morte do agente da Polícia Civil Rodrigo Francisco, de 39 anos, um dos empresários, que estava com os dólares, conseguiu fugir, mas quase R$ 15 milhões em cédulas de R$ 100, a maioria falsificada, foram apreendidas e quatro policiais paulistas foram autuados por lavagem de dinheiro. Porém, os outros cinco policiais paulistas, foram ouvidos, e, por “falta de provas”, liberados. Um dia depois, no domingo, 21, a Justiça de Juiz de Fora decidiu pela prisão preventiva dos quatro policiais civis paulistas, de dois delegados e dois investigadores, todos envolvidos e soltos anteriormente. É dessas forma40 que funciona a justiça, a polícia e o empresariado golpista no Brasil.
Este caso é bom para evidenciar que estamos no Brasil do golpe, terra onde, nos últimos anos, esses empresários, são tratados como “deuses” pela imprensa burguesa, como os grandes “liberais” que podem salvar a economia, pessoas “de bem” – que derrubaram a ex-presidenta eleita -, e mais, essa polícia que aí está, seria a “guardiã da moral e dos bons costumes”.
De fato, não é essa a realidade dentro do sistema capitalista atual. Os grandes empresários não são “os grandes heróis” e muito menos a polícia está para defender o trabalhador. Mas sim, a burguesia organiza a sociedade segundo seus interesses: dominar o poder, assaltar o povo ao máximo, controlando a economia, mantendo as forças de repressão à sua volta, como serviçais, capachos e atacando os trabalhadores quando for necessário.