Nesta semana, precisamente dia 29/7, o médico do Hospital Albert Einstein e consultor técnico da Sociedade de Infectologia deu uma entrevista ao jornal online da CUT (Central Única dos Trabalhadores) se posicionando absolutamente contra o retorno às aulas de São Paulo. Segundo ele: “A epidemia em São Paulo não permite pensar em volta às aulas.” Segundo o médico a situação de São Paulo é tão desastrosa que a volta as aulas seria praticamente um massacre das crianças e adolescentes do estado.
Vale ressaltar que essa é a atual luta dos professores de São Paulo, que estão sendo empurrados ao massacre da volta as aulas em meio a pandemia. Luta essa que foi reprimida esta semana com o polícia, em especial a Tropa de Choque, que foi usada novamente contra os professores do ensino público, impedindo seu livre direito de manifestação. Isso, por si só, já demonstra que o governo de João Doria não passa de uma ditadura. Combinado com a volta as aulas no meio da pandemia, coloca o psdbista páreo a páreo com Hitler. É uma verdadeira tentativa de genocídio em massa de crianças e adolescentes, onde os professores serão bucha de canhão desse morticínio.
É uma política bárbara, e não há dúvidas em responsabilizar o governador fascista do PSDB dessa tentativa de passar um massacre da população de São Paulo, em especial um massacre das crianças, adolescentes e professores. Deve ser uma reivindicação de toda esquerda se opor veementemente a essa situação: volta as aulas somente com vacina e o fim da epidemia!
Por outro lado, o governador João Doria tem um gabinete de “Combate ao Coronavírus”, que sem sombra de dúvidas é escolhido por ele. Nesse gabinete faz parte Marcos Boulos, pai de Guilherme Boulos. O que, claro, não passaria de vínculo de parentesco, se não fosse as declarões do sr. Guilherme em relação a função do sr. Marcos dentro do aparato de estado de São Paulo, isto é, o aparato do PSDB.
Boulos afirma que seu pai não tem nenhuma relação com o PSDB, dizendo que é um cargo merecido ao longo trabalho na carreira de infectologista que seu pai tem. Um “funcionário de carreira”, uma espécie de “burocrata”, um homem escolhido “por mérito próprio” (o que é bem reacionário). Que não tem nenhum vínculo político nesse cargo. A partir disso, devemos concluir, segundo a própria lógica de Guilherme Boulos sobre o seu pai, que Doria está certo em obrigar a retomada de aulas, afinal, seu gabinete do coronavírus é “técnico”, não político.
Das duas uma: ou Boulos está certo e deveríamos confiar em Doria e na volta às aulas, ou ele está errado e seu pai foi escolhido por “mérito” pelo Doria. Lógico que a segunda opção. Tudo isso é parte de uma política direitista de massacre da população, da juventude em especial, a qual o sr. Guilherme Boulos é totalmente acrítico. Já que o pré-candidato à prefeitura de São Paulo é um assíduo defensor da construção da chamada “Frente ampla”, da conciliação com setores golpistas, inclusive o PSDB, não seria incomum em encontrá-lo a reboque da política da direita, mesmo que vá em uma direção tão bárbara.