Crise e desemprego

O que aconteceria se não tivesse auxílio emergencial?

A explosão social é a que tem a maior probabilidade de acontecer a qualquer momento. Ninguém aguenta quieto fome, miséria e repressão violenta pela PM.

Matéria do G1 Economia destaca que o auxílio emergencial segurou a queda do PIB do 2º trimestre em 2,5% em média nacional. Na região norte e nordeste o impacto foi maior, chegando a 6,5% e no Maranhão chegou a 8,6% do PIB. Esse auxílio pode representar até 97% da renda dos mais pobres.

O setor que sofreu menor queda foi o de varejo. Principalmente de alimentação e primeiras necessidades e parte em materiais de construção. 

Mesmo assim, o mês de abril foi o pior mês, graças a redução da renda e pela redução da produção pelo isolamento social, segundo cálculos da MB Associados.

Os cálculos do IBGE apontam queda do PIB em 9,7% no segundo trimestre do ano e o país entra novamente em recessão.

O balanço geral da economia a partir do golpe de Estado em 2016, que trouxe como consequência o atual presidente Jair Bolsonaro em eleições marcadas por fraudes de todo tipo, mostra o desemprego de metade da população, são 13 milhões nesta situação. Dos que continuaram empregados tiveram perdas salariais significativas.

A consequência foi a redução do consumo devido a queda de renda por desemprego e pelas reduções salariais. É fácil verificar que a crise que vem desde 2008 só poderia se aprofundar com a queda gigantesca do consumo principalmente de produtos de primeira necessidade e alimentação. 

E o PIB necessariamente teria que cair por isso. Com a pandemia, tudo ficou pior ainda. Sem renda não há consumo, sem consumo não há produção, fazendo um círculo vicioso em direção ao fundo do poço.

A matéria aponta a importância da diminuição do impacto da redução do PIB, uma gota de água no oceano. Que poderia ser evitada se o governo adotasse políticas públicas para conter a tendência à recessão. 

Mas o governo preferiu investir nos bancos e empresas, que pegaram o dinheiro (1,2 trilhões de reais) e aplicaram no mercado financeiro onde o principal emprestador é o estado, aumentando a dívida pública. 

Se a tendência era de aprofundamento da crise, com desemprego e queda no consumo repercutindo na produção, a opção correta seria aplicar recursos no consumo, transferindo renda para as famílias.

Como não fez isso, o resultado esperado era a explosão social que viria a seguir. Com a fome, miséria e desemprego em larga escala, a única coisa certa é que a sociedade vai explodir.

E é nesse contexto que vem o auxílio emergencial, para evitar a catástrofe que se desenhava e o perigo que representa para a estabilidade do governo. Uma salvação, temporária é claro, para conter a tendência explosiva da crise, já que a sociedade já estava bastante polarizada. E com as armas apontadas para o povo, em ameaças constantes de novo golpe.

Agora usam de estatísticas para enganar a população dizendo que a região norte e nordeste foi a mais beneficiada, justamente no local onde a popularidade do ex-presidente Lula é maior. Para tentar tirar votos do Lula e transferir para a direita fascista?

Fazem jogo de cena com disputas entre o presidente e o Guedes pelo continuar ou cessar o auxílio. Mas já sabem que será necessário continuar, pois a crise continua com tendência a aumentar e a explosão social está cada vez mais próxima de se realizar.

A crise vem se aprofundando dia após dia, e com ela aumenta no mesmo grau a possibilidade de convulsão social. Ninguém aguenta por muito tempo fome, miséria e pandemia, sem que em algum momento resolve dar um basta e chutar tudo pra cima. Essa hora está chegando, não demora muito pra acontecer.

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