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Revolta popular

O que a radicalidade nos EUA indica para o mundo?

Radicalização da classe trabalhadora americana revela aprofundamento das contradições do capitalismo. Ir às ruas contra o capitalismo é o único caminho para classe operária mundial

A pandemia é utilizada pela burguesia e pequena burguesia para esconder o caráter opressivo do regime capitalista. Deste modo, alguns parlamentares defensores da farsa da frente ampla tentam esfriar, com palavras, a luta de classes. Entretanto, esta tentativa mostra a debilidade teórica e prática da esquerda eleitoreira. Para eles, o acirramento da luta de classes é danoso, pois os obriga a tomar um lado e agir, ao invés de continuarem “sentados” sobre seus mandatos e suas “reformas” inócuas.

Desde o início da pandemia, a classe operária vem sofrendo duríssimos ataques: salários foram congelados ou cortados; desemprego; cerceamento dos direitos políticos e de manifestação; falta de condições sanitárias no ambiente de trabalho; e falta de testes, leitos e equipamentos de saúde. Tudo isso, diferentemente do que pensam os “frente amplistas”, acirra a luta de classes, pois pressiona a classe trabalhadora, ao ponto de ser obrigada a reagir.

As reações já haviam começado em alguns países, como a França, onde a classe trabalhadora foi às ruas protestar contra a falsa política de isolamento. No Líbano, a população revoltada com a ajuda aos capitalistas, ateou fogo em várias agências bancárias em Beirute.

Entretanto, foi nos EUA o impacto mais violento das manifestações. Diferentemente da França, os EUA, país-modelo do capitalismo, possuem pouca ou nenhuma assistência social ou sistema público de saúde. Assim, as camadas mais oprimidas da sociedade, especialmente os negros, estavam a ponto de explosão.

A revolta nos EUA começou a partir da denuncia de assassinato de um negro pelo aparelho de repressão do Estado burguês, a polícia, por motivo fútil. O fato isolado, por si só, causaria revolta, assim como os que levaram ao movimento Black Lives Matter, mas somados à situação de desespero da população, geraram uma onda de ataques à própria organização do Estado.

A imprensa, especialmente a brasileira, tenta colocar o movimento apenas como uma “revolta dos negros”. Todavia, isso é uma meia-verdade, pois tenta limitar as manifestações como de uma simples minoria. Os protestos começaram com os negros, pois esses são o setor mais oprimido da sociedade e, portanto, o com maior tendência a revolta em curto prazo. Entranto, o que se viu, em consequência, foi o levante de outros setores da classe trabalhadora que vêem, na revolta da população negra americana, reinvindicações que também lhes cabem. Outros oprimidos pelo capitalismo e o Estado americano, como muçulmanos, latinos e pobres brancos também se levantaram, levando as manifestações a outros estados do país.

O presidente fascista Donald Trump ameaça utilizar força letal caso os protestos continuem de maneira violenta, especialmente em caso de saques. Apesar da propaganda ideológica da burguesia, saques revelam, no fundo, a falta de condições materiais da população. Os EUA acumulam milhões de desempregados ou subempregados. O país tem mais de 100 mil mortos confirmados pela doença. Se a população está a saquear é porque precisa disso para sua sobrevivência. O que Trump faz, de fato, é utilizar a força repressiva para manutenção da propriedade privada e do lucro, mesmo que para isso muitas pessoas tenham de morrer.

Os impactos dos acontecimentos, desde antes da revolta em Minneápolis, vêm preocupando a direita e a esquerda pequeno-burguesa brasileira. Como dito anteriormente, tentam frear a luta de classes a todo custo, pois sabem que o capitalismo é incapaz de lidar com a pandemia e a tendência natural é a radicalização das massas. Por isso, há tamanho investimento na campanha #fiqueemcasa. A implementação de lockdown, leia-se para estado de sítio, tem como objetivo conter as massas. Enquanto isso, os capitalistas continuam seu lobby para manter trabalhadores de setores nem um pouco essenciais tendo de pegar ônibus lotados e se contaminando com o vírus.

A direita “científica” sabe que o isolamento efetivo não é possível no capitalismo e logo inventará milhares de desculpas, até mesmo mentir os números, já bastante descolados da realidade, para forçar a reabertura total das atividades.

A contradição com o Bolsonarismo levantada por Dória, Witzel, Caiado e outros direitistas não passa de jogo de cena. Eles são os principais financiadores políticos do bolsonarismo e logo apoiarão, até mesmo, um golpe militar para manter a população pobre sobre seu jugo.

Portanto, para combater a tentativa golpista da direita, é necessário que o povo, assim como fizeram os americanos, vá às ruas e exija seus direitos. Este é o único caminho eficaz para a emancipação da classe trabalhadora e, por conseguinte, de toda a humanidade. Todos às ruas no dia 13/5! Fora Bolsonaro! Eleições gerais já com Lula candidato!

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