Com o golpe de estado realizado no país, através da aliança da direita nacional com o Imperialismo, os direitos dos brasileiros foram atacados brutalmente com mudanças legislativas, realizadas à “toque de caixa”.
Uma das mudanças mais significativas foi a aprovação da “reforma” trabalhista, que além de retirar direitos trabalhistas conquistados na luta, buscou atacar também as organizações sindicais, uma vez que a direita “coxinha” e fascista que apoiou o golpe tem como reivindicação o fim dos sindicatos.
Para atender os fascistas que não gostam de sindicato, os golpistas aprovaram no bojo da “reforma” trabalhista, o fim do imposto sindical, estrangulando financeiramente as entidades sindicais dos trabalhadores.
A esquerda nacional adepta da “ética na política”, se comportou da mesma maneira que na campanha demagógica da direita de luta contra a corrupção, ou seja, apoiando o movimento da direita coxinha de acabar com o imposto sindical.
A direita fascista e consciente defendia o fim do imposto sindical para acabar com os sindicatos, e a esquerda “ética” defendia o fim do imposto sindical para que só acabasse os sindicatos que sobrevivem com o imposto, que segundo a esquerda atrela o sindicato ao estado e onera a vida do trabalhador.
No entanto, passados quase um ano da famigerada aprovação da “reforma” trabalhista, e do fim do imposto sindical, o resultado é que todas as organizações sindicais tiveram seus financiamentos diminuídos em mais de 50%. Colocando alguns sindicatos, Federações e Confederações a beira de sua destituição.
Os grandes sindicatos ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores) que existem de fato na vida dos trabalhadores estão em uma condição melhor, pois também possuem as mensalidades dos seus filiados, mas também sofreram revés de financiamento, diminuindo em muito o poder de atuação política contra os patrões.
Os sindicatos cartoriais, que sobreviviam em grande medida do imposto sindical, a maioria ligada a Força Sindical, vão continuar existindo, pois o seu financiamento agora é maior por parte dos patrões, para poderem continuar sendo usados contra os trabalhadores.
Nesse sentido, quem perdeu com o fim do imposto sindical foram os trabalhadores, que estão com suas organizações representativas mais fracas e portanto, com dificuldades de enfrentar de forma coletiva os abusos dos patrões.
Preocupados com o fim dos sindicatos no país, a direita golpista que não é fascista, mas prefere um regime burguês com aparência democrática já estuda o retorno do imposto sindical, tendo o ministro golpista Edson Fachin declarado ser a favor da volta do imposto sindical, o que gerou ataques da extrema direita a sua posição.
Nesse sentido a política “ética” da esquerda de ser a favor do fim do imposto sindical, se alia com o fascismo , que busca por abaixo todas as organizações políticas e sindicais da classe operária.