Tão grande quanto as mais de 800 mil pessoas em 312 cidades no Brasil e 35 cidades em 16 outros países, foi a sova que manifestantes de esquerda deram nos tucanos do PSDB. Os golpistas malandros, que adentraram o ato tentando corroê-lo por dentro, foram enxotados a socos e pontapés.
Em um verdadeiro ato de “João-sem-braço”, o PSDB se faz de coitado. Pede diálogos mil. Isso não passa de uma verdadeira troça com a cara de qualquer pessoa que tenha um mínimo de discernimento da realidade.
A atitude escatológica do PSDB passaria em branco, não fosse a debilidade da ala direita da esquerda brasileira. Setores das burocracias partidárias e sindicais e da imprensa “progressista” (que de progressista só tem o nome) como o pseudojornalista Renato Rovai passam a mão nos tucanos, ou no bom e velho baianês, “chamam urubu de meu louro”.
As críticas à “truculência” dos militantes do PCO não passam de críticas morais e uma defesa doentia para abraçar-se com a direita golpista.
O PSDB trabalha incansavelmente, através do PDT e de nomes de alguns partidos da esquerda pequeno-burguesa, para retirar o PCO dos atos. Isso funcionaria, não fosse a tamanha rejeição da população aos tucanos.
Os tucanos e a direita, que em 2018 viveram uma relação de simbiose com o bolsonarismo para ganhar votos nas eleições. Para o desespero destes pilantras, o povo não esquece o papel da direita no golpe de 2016. Fernando Henrique Cardoso e sua turma de engomadinhos foram os verdadeiros arquitetos da queda de uma presidenta eleita legitimamente pelas massas e pela subida do fascista Bolsonaro ao poder.
Deixar o PSDB e a direita se infiltrarem nos atos é a desmoralização completa do movimento. Dizer que a participação da direita bolsonarista nos atos é jogar fumaça nos olhos da população, rir da cara do povo.
A presença da direita nos atos não deve ser tolerada sob qualquer justificativa. Se Bolsonaro é genocida, ele não é genocida sozinho. O PSDB é um dos partidos que mais vota com o governo que matou mais de meio milhão de brasileiros. O povo sabe disso.
Tolerar o PSDB nos atos é tolerar o bolsonarismo. É vender a Eletrobras e os Correios. É retirar dinheiro da saúde e da educação públicas.
O povo sabe disso.
E tanto sabe que houve um apoio massivo à atitude não apenas dos militantes do PCO, mas de outros militantes da esquerda, em retirar o PSDB do ato na avenida Paulista.
A repercussão nas redes sociais da surra que o “militantes” do PSDB levaram foi muito positiva. Diversos tweets se colocaram ao lado do PCO e outros militantes.
Um deles lembra que Doria e o falecido Bruno Covas fizeram verdadeiras crueldades com os moradores de rua.
https://twitter.com/Giohvp1/status/1411505058454413313
Outros lembram do papel do PCO na luta contra o golpe e pela liberdade de Lula. Afinal, é um total contrassenso ficar a favor de quem fez campanha para Bolsonaro e contra os que se mantiveram na luta ao lado do povo.
A surra que o PSDB tomou durante o ato não foi um ato de violência pura e simples, foi o grito preso na garganta dos oprimidos. Aqueles que não aguentam mais. Que foram demitidos em plena pandemia, viram seus entes queridos morrerem ou foram obrigados a trabalhar em condições desumanas.
As massas não querem o PSDB e a direita. As massas querem a esquerda. Querem fazer do Brasil um imenso bloco vermelho, contra toda a direita golpista, de Bolsonaro ao PSDB.
