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De escravo a capitão do mato?

O povo agora poderá ser acionista de empresas multinacionais?

A mira está no bolso do trabalhador. Este corre o risco de perder até o bolsa família apostando na Bolsa "dos banqueiros"

A chamada de matéria do Uol economia diz que agora todos poderão comprar ações de grandes empresas estrangeiras. Com as modificações que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) está implantando a partir de 01 de setembro, as BDRs, ou Brazilian Depositary Receipts (sigla em inglês que se refere aos Recibos de Depósitos Brasileiros no exterior) poderão ser adquiridas por qualquer pessoa e não será mais restrita a investidores com um mínimo de 1 milhão de reais. Estes que são classificados como investidores qualificados.

Essa matéria destaca como exemplo as gigantes de tecnologia, Google, Facebook, Amazon e Tesla que produz carros elétricos. E enfatiza o aumento de opções para os investidores.

Os BDRs podem ser patrocinados e não patrocinados. Os patrocinados são oferecidos pela própria empresa, por exemplo: a Google emite ações e emitem os BDRs para comercializar em outros países, no caso o Brasil. Já os não patrocinados são oferecidos por instituições financeiras que compram as ações e emitem esses BDRs. Em ambos os casos as ações da empresa ficam bloqueadas, em custódia, como garantia do contrato para comercialização das ações.

A maioria dos BDRs no Brasil são do tipo não patrocinados, ou seja, foram oferecidos pelas instituições financeiras. E só podiam adquirir os investidores qualificados, a saber, os que tinham mais de 1 milhão de reais para investir.

O que muda é que estão abrindo a comercialização para os não qualificados, a única exigência que a CVM faz é que  a Bolsa onde as ações são comercializadas seja qualificada como importante e citam a Bolsa de Nova Iorque como exemplo.

A abertura para comercialização, a saber para os trabalhadores, tem como exemplo de qualificação  importante a “qualificada Bolsa de Nova Iorque”, onde em 2008 houve uma grande quebra por conta dos créditos imobiliários sem lastro, e também a grande quebra do ano de 1929, também sem lastro de garantia. 

Em ambos os casos a quebradeira se alastrou por todo o planeta, comprometendo as economias, aumentando a fome, miséria para os trabalhadores. Enquanto isso as empresas que resistiram ao colapso, cresceram e se agigantaram, passando a partir da grande guerra, a abrir empresas em outros países. Essas empresas são conhecidas hoje como multinacionais.

E em meio a essa enorme crise econômica que é afetada pela pandemia, vem a pergunta que não quer calar. Qual o real interesse em abrir o mercado para a participação dos mais pobres ou por assim dizer, os menos ricos? Querem distribuir parte dos lucros ou dividir os enormes prejuízos vindo com as crises?

Depois que o sistema capitalista gerou para os trabalhadores a perda generalizada de emprego e renda, e sem previsão de retorno à normalidade, agora vem oferecer a “oportunidade” de ganhos com ações que eram exclusivas de grandes investidores.

Seria isso a demonstração de que estão com a consciência pesada? Irão amenizar a desgraça e pobreza que causaram aos trabalhadores? Difícil de crer. É mais fácil acreditar em papai noel ou no coelhinho da páscoa.

Sendo que nada fizeram para para combater o coronavírus, e assim diminuir as mortes. Também negaram até o último segundo dar uma renda miserável de 600 reais para os trabalhadores desempregados poderem sobreviver nessa pandemia.

Querem na verdade, retirar os últimos tostões do bolso dos que já estão em situação de miséria. O povo precisa criar conselhos de moradores e discutir como organizar as manifestações contra a fome, miséria, falta de moradia, de assistência médica, de água e esgoto, e escolas.

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