Os militares estão no controle da situação política do país, a crise desnudou toda a situação. Agora, a esquerda está acuada e precisa entender que já vivemos virtualmente em uma Ditadura Militar, já que as Forças Armadas interfere diretamente em toda a vida política do país com ameaças, como no caso do Habeas Corpus do Lula.
“Um fato significativo que o Partido da Causa Operária vêm insistindo é a questão do Golpe Militar. A votação do STF também se resumiu em um caráter de Golpe Militar na véspera da votação vários dos chamados generais de pijama saíram a público para ameaçar o país inteiro e o próprio STF de que o Lula fosse condenado ou eles agiriam, imporiam pela força a condenação do Lula.
Se o Golpe Militar efetivamente não foi aplicado, temos uma espécie de golpe virtual, pois a ameaça surtiu efeito e, portanto, os militares não precisaram sair dos quartéis, mas demonstraram acima de qualquer dúvida que o poder político está sendo controlado pelos militares, como o PCO já alertou inúmeras vezes.
Há um governo fraco, quase inexistente, e os militares estão tomando decisões estratégicas, inclusive saindo a público para impor suas vontades por meio de ameaças e se você não aceitar essas ameaças, eles vão efetivamente usar da força. Estamos neste sentido, em uma situação em que o Golpe Militar é um golpe iminente. O país já vive sob uma tutela dos militares, quer dizer que praticamente há um regime político dominado por eles.
Os militares aceitarão qualquer coisa? Que o Lula possa ser candidato, que possa vencer uma eleição? Claro que não, o fato deles não aceitarem não é qualquer coisas. Vivemos aqui um regime arbitrário sem lei, sem constituição, que existe sob a tutela do poder militar. Isto tem que ficar absolutamente claro, ficar claramente caracterizado, que a situação é extremamente grave e desnudou o que é o regime político do país.
Muita gente teve dificuldade que haveria um golpe, depois teve dificuldade de acreditar que o Lula seria preso, têm dificuldade de ver a interferência dos militares na política, mas tudo isso aí agora veio às claras. Está patente, é perfeitamente perceptível, não é mais algo que se possa ficar discutindo, ou especulando.
A crise do regime vai a fundo e só não se desenvolve mais por causa da reação da esquerda ser praticamente nula.”
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