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Fora Bolsonaro

O poder do bolsonarismo

A derrubada do governo está colocada na ordem do dia. Bolsonaro se encontra em uma profunda crise, causada pela sua impopularidade e pelo fracasso de sua política econômica.

Em oito meses de governo, o presidente ilegítimo Jair Bolsonaro já é odiado por uma larga parcela da população. Bolsonaro atacou a memória de militantes assassinados pela ditadura militar, homenageou torturadores, causou um incêndio de enormes proporções na Amazônia, cortou verbas da educação, nomeou interventores nas universidades e vem ameaçando privatizar os Correios, destruir os sindicatos, criminalizar os movimentos sociais e até mesmo invadir a Venezuela. Diante dessa política de terror contra a população, setores da esquerda nacional passaram a defender a tese de que o bolsonarismo seria um movimento forte, com ampla adesão das massas.

A devastação que o governo Bolsonaro está causando não comprova, no entanto, que a extrema-direita tenha um poder absoluto, incapaz de ser enfrentado pela esquerda e pela população em geral. Bolsonaro é produto de uma das eleições mais fraudulentas da história – uma eleição em que o maior líder popular do país teve seus direitos políticos cassados. Caso Bolsonaro fosse tão popular como a imprensa burguesa alega, não seria necessário corromper promotores, juízes e desembargadores para que Lula, sem ter cometido qualquer crime comprovado, fosse excluído da disputa presidencial de 2018. Não seria necessário, igualmente, que as Forças Armadas ameaçassem abertamente toda a população de pôr os tanques na rua caso Lula não fosse punido pelo STF.

A fraude eleitoral, embora tenha sido centrada na impugnação do ex-presidente Lula, contou com muitos outros elementos. Mais de dois milhões de eleitores tiveram seus títulos de eleitor rejeitados, sedes de partidos de esquerda foram invadidas e militantes foram inúmeras vezes reprimidos pela polícia por fazer campanha de rua.

Bolsonaro não convenceu a maioria da população de que o roubo da aposentadoria pelos capitalistas seria positivo, nem que a polícia deveria ter carta branca para assassinar o povo pobre e trabalhador, nem que o país precisaria entregar todo o seu patrimônio ao imperialismo. Se pudesse escolher livremente, a maioria da população elegeria Lula, que expressa para a esmagadora maioria do povo brasileiro justamente o oposto do que Bolsonaro vem fazendo.

Defender que a população apoia o programa genocida e entreguista de Bolsonaro é exatamente o que a burguesia quer. Isto é, que a política neoliberal, que está sendo contestada em todo o mundo, se tornou popular no Brasil por causa da suposta popularidade de Bolsonaro. Essa popularidade, no entanto, nunca existiu.

As manifestações de rua em apoio a Jair Bolsonaro são todas elas artificiais, fabricadas e impulsionadas pela burguesia. As manifestações são criadas para tentar mostrar uma realidade que não existe – a de que o bolsonarismo seria uma força avassaladora e popular. No entanto, essas manifestações só acontecem porque a burguesia investe muito dinheiro, contratando trios elétricos, utiliza a imprensa burguesa para manipular dados e fotos e coage funcionários a participar das manifestações. As últimas manifestações bolsonaristas, que ocorreram em meio a uma intensa crise do governo, escancaram a artificialidade do movimento – mesmo com muito esforço da burguesia, os atos foram um fiasco.

Ao mesmo tempo que se manifestações bolsonaristas vêm se mostrando pequenas, as manifestações contrárias ao governo são cada vez mais constantes. A palavra de ordem de “fora Bolsonaro” é cada vez mais levantada nos atos – e os atos, por outro lado, são todos maiores que os atos da direita.

Além de Bolsonaro ter sua impopularidade cada vez mais escancarada, a incapacidade do governo de estabilizar a economia, cumprindo com as demandas da burguesia, está levando o governo para uma crise muito profunda. E é justamente essa crise que tem permitido que os trabalhadores e a população em geral de organizem para se manifestar contra o governo – em meio à crise, afinal, a direita tem menos condições de reprimir e atacar o povo.

Se a crise do governo está permitindo que a população se organize para contestá-lo, é hora de aproveitar as condições para derrubar Bolsonaro e todos os golpistas que lhe sustentam. Uma política contrária a isso, isto é, uma política de manutenção do governo Bolsonaro, é uma política de contenção da luta contra a direita e, acima de tudo, uma política que permitirá que o regime político se reorganize para atacar duramente os trabalhadores.

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