Em 2019, primeiro ano de mandato do ilegítimo presidente Bolsonaro, foi de 1,1% o crescimento do produto interno bruto (PIB) brasileiro – a soma de todos os bens e serviços produzidos no Brasil. Um resultado tão medíocre refuta todas as ilusões semeadas pela imprensa burguesa nos últimos anos.
A burguesia impulsionou o golpe de estado de 2016 com promessas de crescimento econômico. O imperialismo, os típicos políticos burgueses, os diversos setores do empresariado brasileiro – a imprensa capitalista, o agronegócio, os bancos, a indústria, o comércio –, e os seus capatazes pequeno-burgueses criaram inúmeras crises, antes, durante e depois da queda de Dilma Rousseff. Tentaram jogar toda a responsabilidade por essas crises nos ombros da presidente eleita. Quiseram esconder o seu óbvio desprezo pela constituição alegando que o golpe era um remédio amargo necessário para se alcançar um “bem maior”.
As mesmas falsas promessas retornaram na fraude eleitoral de 2018. A prisão do candidato mais forte por meio da farsesca operação Lava-jato, bem como a colaboração de toda a burguesia para colocar na presidência um presidente ilegítimo, mas subserviente aos interesses fundamentais do imperialismo, foram maquiadas pela imprensa capitalista e apresentadas como dois processos naturais de um regime democrático. O que veio à tona, no entanto, foi justamente o contrário: a ditadura da burguesia sobre a população.
A burguesia diagnosticou que o problema fundamental da economia brasileira era o “descontrole fiscal” do estado. Propôs mais uma vez a velha receita neoliberal, que consiste em privatizações e cortes de gastos estatais, supressão de políticas sociais, precarização de todos os direitos democráticos – direito de greve, de organização política etc.
Antes da “reforma” da previdência, no ano passado, não havia um dia sequer em que a imprensa burguesa não martelasse a suposta necessidade de suprimir o direito dos trabalhadores a uma aposentadoria justa. A pretexto de guardar dinheiro para pagar credores parasitas da dívida pública, a “reforma” foi aprovada. Alguns meses depois, a dívida pública cresceu, o dólar disparou, os investimentos públicos foram drasticamente reduzidos, o desemprego alcançou sua taxa mais alta em 30 anos.
Diante de um palhaço fantasiado de presidente, os investidores privados nacionais e estrangeiros não têm a menor confiança na estabilização da economia brasileira. As tentativas da burguesia no sentido de domesticar Bolsonaro estão fracassando. Estima-se que o crescimento econômico da atual década será o menor em 120 anos.
A queda de Bolsonaro é urgente. Fora Bolsonaro e todos os golpistas!