Um verdadeiro partido internacionalista
No momento em que escrevo essa coluna, participo – como representante do Partido da Causa Operária -, a convite do
partido que governa legitimamente a Venezuela, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), do XXV Foro de São Paulo. Quando ela for publicada, também estará se realizando, em Frankfurt, a Conferência Internacional do PCO, sob a direção do
companheiro Rui Costa Pimenta, presidente de nosso Partido, com a participação de militantes e simpatizantes do Partido de diversos países da Europa.
Em um momento de intensa luta de nossos militantes e simpatizantes, junto com outros setores da esquerda que se articulam – principalmente – nos comitês de luta contra o golpe e pela liberdade de Lula -, realizam um intenso esforço para impulsionar uma campanha pela anulação dos processos fraudulentos da lava jato, para colocar em liberdade o ex-presidente Lula e
todos os presos políticos, pela derrubada do governo ilegítimo de Jair Bolsonaro (“Fora Bolsonaro”), pela convocação de novas eleições, com Lula candidato; neste mesmo momento, buscamos – com esforços e colaboração de companheiros de dentro e de fora do Brasil, estreitar relações internacionais, com brasileiros que residem no exterior e com companheiros de outras organizações de esquerda, no sentido de fazer avançar a luta internacional contra o imperialismo, em defesa das reivindicações dos trabalhadores e de todas os povos oprimidos e pelo fortalecimento dessa arma fundamental para a emancipação da classe operária, para a vitoria contra o capitalismo em todo o mundo, que é o partido operário , revolucionário, em nosso País, e em todo o mundo.
Ao contrário de muitas organizações que se proclamam como “internacionalistas”, “comunistas”, “revolucionárias” etc. mas que se mantém em uma posição de colaboração com o imperialismo (apoiando seus ataques contra países oprimidos como a Venezuela e o Irã), não buscam o caminho da unidade e mobilização da classe operária e demais setores explorados, mas adotam uma perspectiva de entendimento com setores da direita golpista e procuram alimentar a ilusão no caminho fracassado das eleições controladas pela direita golpista, nos discursos no parlamento e nas ações no judiciário golpista, o PCO usa de todas as tribunas possíveis (incluindo aquelas que ele mesmo constrói, com sua militância) para defender a independência de classe e a mobilização dos próprios trabalhadores e da juventude, como únicos caminhos (já testados e aprovados na historia da luta de classes em nosso País e em todo mundo) para abrir uma perspectiva para os explorados diante da crise histórica do capitalismo, que está levando centenas de milhões de pessoas para a barbárie, para a fome e a miséria em todo o planeta.
Nos mutirões, que se repetem nesse domingo em todo o País (desta feita convocados também pelos Comitês Lula Livre, além do PCO e dos Comitês de luta contar o Golpe), no Foro na Venezuela e na Conferência na Europa, a mesma luta política, por
diferentes meios e condições: ampliar a mobilização dos trabalhadores e da juventude; colocar milhões nas ruas; impulsionar uma política de independência de classe, um programa com reivindicações que sejam “uma ponte” que ajudem os explorados a concluírem pela necessidade de tomar em suas mãos seus destinos, para conquistar suas reivindicações fundamentais na luta contra o imperialismo e contra a exploração capitalista, realizando um mobilização revolucionária, que avance em direção ao desenvolvimento da consciência da necessidade da tomada do poder pela classe trabalhadora, do estabelecimento de governos operários, governos dos trabalhadores da cidade e do campo, em todo mundo.
Uma perfeita sintonia com o que debatemos e estudamos na recente Universidade de Férias do PCO, “O Programa da Revolução Socialista nos dias de hoje”, que teve como base o Programa de Transição, do Grande líder revolucionário Leon Trotsky. Pois como ensinou Lênin, “sem teoria revolucionária, não há ação revolucionária”.