Em primeiro de julho, o Banco do Brasil anunciava que estava fazendo a cessão onerosa de sua carteira de créditos vencidos no valor de R$ 2,9 bilhões ao banco BTG pactual pelo valor de 371 milhões. Embora tenha havido uma concorrência entre quatro instituições financeiras que resultou na cessão da carteira ao BTG Pactual, o negócio é duramente criticado pelos sindicatos dos bancários pela falta de transparência do processo, inclusive a não publicação de qual tipo de crédito vencido foi negociado.
A grande imprensa e empresas do setor analistas e corretoras, saíram em defesa do negócio onde o Banco do Brasil concedia um desconto de 87% ao BTG Pactual, como um negócio normal de prática comum ao mercado. Entretanto o negócio não teve publicidade da definição do seu escopo, não publicaram como a carteira era composta se de pessoas físicas, pessoas jurídicas, agronegócio, nem qual a inadimplência média total e nos segmentos mais expressivo, e sem essas informações, ou seja sem definir o escopo do negócio é impossível avaliar se o desconto era cabido ou descabido seja para cima ou para baixo.
Houve diversas especulações na tentativa de justificar o negócio como uma forma do Banco do Brasil melhorar sua liquidez, diminuindo o valor R$ 42 bilhões provisionado para potenciais perdas da sua carteira total de crédito de R$ 620 bilhões. Entretanto a taxa média de inadimplência do Banco do Brasil é de 3,17%, representando um montante R$ 19,65 bilhões de crédito inadimplente e desse montante inadimplente apenas 14,755 foram cedidos, compreendendo os R$ 2,9 bilhões ou 0,5% do crédito total.
Os bancos privados desempenham na sociedade um papel de extremo parasitismo, se colocando contra o desenvolvimento dos setores produtivos da economia, acabam se colocando contra a sociedade como um todo. Nem mesmo os bancos públicos escapam de serem alvos desse parasitismo, sendo o caso desse negócio entre o Banco do Brasil e BTG Pactual um bom exemplo disso.
Os bancos privados por si só não produzem nada, quando muito especulam e funcionam apenas como um dreno infindável de recursos dos setores produtivos da economia. Em última servem como um sorvedouro dos recursos dos trabalhadores, setor mais martirizado pelos banqueiros.
Se quisermos sintetizar os bancos privados em poucas palavras, eles seriam imensas máquinas para roubar o coletivo de trabalhadores. A função social social dos bancos privados e outras financeiras parecidas não traz nada de produtivo, sendo apenas caça níqueis dos trabalhadores.