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PSOL

O oportunismo eleitoral por trás do “Somos Democracia”

As manifestações das torcidas organizadas foram transformadas em palanque eleitoral da frente ampla encabeçados por Guilherme Boulos e Danilo Pássaro

Após a retomada das manifestações de rua e a participação das torcidas organizadas uma coisa vem chamando a atenção dos ativistas da esquerda que querem enfrentar os fascistas: a insistência no verde-amarelismo do movimento chamado “Somos Democracia” liderado pelo integrante do Psol, Danilo Pássaro.

Em um mês, o movimento das torcidas organizadas que despontou para combater o fascismo e a direita nas ruas foi estrangulado por pessoas que sequer eram favoráveis a manifestações de rua ou ao movimento “Fora Bolsonaro”. Podemos citar aqui dois elementos que foram os responsáveis pelo estrangulamento dessas manifestações com ajuda da imprensa burguesa como o candidato à prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos, e Danilo Pássaro, também candidato a um cargo no legislativo, ambos do Psol.

A política levada por esses dois elementos, reforçamos aqui, que não eram favoráveis à luta nas ruas e muito menos lutar pelo “Fora Bolsonaro”, foram apontados como lideranças do das torcidas organizadas pela imprensa golpista e transformaram esses atos em campanha eleitoral, esvaziando-os por completo.

Os atos foram iniciados principalmente para expulsar os coxinhas que pediam uma intervenção militar na Avenida Paulista, em São Paulo. Era evidente essa vontade de combater o fascismo nas ruas e foi visto com gritos de guerra, enfrentamento com a milícia do fascismo que é a Polícia Militar e expulsão dos direitistas das ruas. Tanto foi assim que parte da imprensa golpista iniciou uma campanha dizendo que se tratava de infiltrados que queriam destruir o movimento pela democracia e que esse tipo de atitude ajudaria na intervenção militar. Nada mais farsesco do que esses argumentos que foram utilizados por Guilherme Boulos e Danilo Pássaro.

As manifestações seguintes ocorreram da mesma maneira e com mais pessoas se incorporando ao movimento e grupos antifascistas, mesmo com os acordos com os fascistas do governo João Doria e da cúpula da PM de deixar a Avenida Paulista para a extrema-direita e levar o ato para o Largo da Batata, na zona oeste de São Paulo. Mesmo no Largo da Batata, houve uma tentativa de manifestantes de irem até a Avenida Paulista expulsar os coxinhas, o que foi impedido com violência pela PM fascista. Sendo uma demonstração de combatividade dos manifestantes.

Guilherme Boulos e Danilo Pássaro foram totalmente na contramão dos motivos que estavam levando os torcedores e outras pessoas para as ruas. Em vez de combater o fascismo, trataram rapidamente de se apresentar como líderes do movimento (com apoio da Globo) e fazer acordo com os fascistas. Negociaram com o governador de São Paulo, o fascista João Doria, auto-intitulado Bolsodoria, com o comando da Polícia Militar e com organizações de extrema-direita como o movimento Dama de Ferro e outros grupos fascistas, que inclusive levaram bandeiras do fascismo ucraniano ao ato dos bolsonaristas.

Outras decisões também favoreceram o esvaziamento. Criaram dentro das manifestações um clima de “infiltrados” e diziam que o pessoal que estava enfrentando a polícia ou quebrando vidraças de bancos eram colocados pela direita para acabar com o movimento e criaram um discurso pacifista que foi comemorado pela imprensa golpista.

Os ataques às bandeiras de partidos e organizações de esquerda e os constantes ataques à cor vermelha também contribuíram enormemente para que os ativistas e torcedores não comparecessem mais aos atos. Com a extrema-direita, negociam e fazem acordos; com a esquerda, ameaçam e chamam a PM para intimidar.

E, por fim, o verde-amarelismo que em nada se diferencia dos atos da extrema-direita responsável pela situação atual no país, transformando esses atos combativos em um instrumento de propaganda eleitoral de Boulos e Pássaro.

Com a ajuda da burguesia e sua imprensa, realizaram toda essa operação citada nos parágrafos acima para serem instrumentos eleitorais da frente ampla dentro do movimento combativo e com apoio da burguesia dentro dessa frente obter algum resultado eleitoral. Ou seja, nada de combate ao fascismo e fora Bolsonaro. Apenas demagogia do PSOL que se aproveitam de palavras de ordem muito populares entre os trabalhadores para tentar enganar e ganhar alguns votos num oportunismo sem tamanho.

Fazem isso porque são candidatos para essas eleições e caso façam um movimento combativo para derrotar os fascistas e a direita golpista não vão ter apoio da burguesia e da direita golpista da frente ampla.

Por isso, convocam manifestações de verde-amarelo, fazem campanha e assédio contra partidos políticos e contra as cores tradicionais da esquerda e dos trabalhadores que é o vermelho.

É preciso denunciar essa política de Guilherme Boulos e Danilo Pássaro que em nada contribui para a derrota da extrema-direita. É preciso também denunciar que Danilo Pássaro e Boulos não são lideranças do movimento das torcidas organizadas, dos manifestantes, do combate ao fascismo e muito menos do “Fora Bolsonaro”.

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