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O Museu Nacional queimou: veja o que ainda pode ser destruído pela direita golpista

Segundo o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), 7% dos museus brasileiros estão fechados. De um total de 3.789 instituições, nada menos que 261 estão fechadas. Pelo menos 4 delas estão fechadas por problemas estruturais: Museu do Ipiranga, em São Paulo; Museu de Arte de Brasília; Museu do Índio, no Rio de Janeiro; e Museu da Língua Portuguesa, São Paulo.

O quadro é desesperador. Embora o país tenha, desde 2003, uma Política Nacional de Museus; desde 2009, um Estatuto dos Museus, regulamentado em 2013, isso não garantiu nem , a segurança, nem a conservação dessas instituições, que são em grande parte responsáveis por guardar a história do país ou do mundo. Mas a situação piorou muito mais nas mãos da direita golpista.

Não devemos esquecer que o Museu da Língua Portuguesa,  São Paulo, uma instituição com alta visitação e reconhecimento, também foi incendiado em 2015 e encontra-se até hoje fechada. O mesmo destino teve a Cinemateca, também em São Paulo, que em 2016 perdeu cerca de 500 obras em um incêndio. A gestão do PSDB, parece não ter muito apreço pela cultura, se ela não gerar lucro. Isso pode ser facilmente comprovado pelas ações do último prefeito da cidade de São Paulo e pela ação dos últimos governadores do Estado de São Paulo. Mais abaixo, verifiquem a quantidade de dispositivos que foram incendiados na Capital Paulista.

A verdade é que além do Museu Nacional, há muitos outros museus em risco no país e os golpistas são os maiores responsáveis por piorar a já difícil vida dessas instituições. O governo golpista de Michel Temer e do PSDB fizeram os maiores cortes possíveis para a área de cultura, o maior sucateamento do Ministério da Cultura e a maior perseguição aos que atuam no setor.

Eis alguns dos museus que correm risco de ter o mesmo destino que o Museu Nacional (e que já teve o Museu da Língua Portuguesa antes)?

Cinemateca Brasileira (São Paulo)

Fundada em 1946, responsável por um acervo de filmes nacionais, cinejornais, obras raras, com serviços de restauração. Em 2016, a Cinemateca Brasileira sofreu seu quarto incêndio. Os outros foram em 1957, 1969 e 1982. Ironicamente ou não, anos em que a direita governava e a ditadura imperava.

Cinemateca Brasileira – São Paulo (SP)
Cinemateca Brasileira, área de acervo incendiado em 2016

 

 

 

 

 

 

 

 

Museu da Língua Portuguesa (São Paulo)

Inaugurada em 2006, na Estação da Luz, sofreu seu primeiro incêndio em 2015. Atualmente em reconstrução.

 

 

 

 

 

 

 

 

Instituto Butantan (São Paulo)

Oficializado em 1901, o Instituto Butantan é o principal produtor de imunobiológicos do Brasil, mantendo coleções científicas zoológicas e desenvolvendo atividades educacionais e culturais por meio de quatro museus – Museu Biológico, Museu Histórico, Museu de Microbiologia e o Museu de Saúde Pública Emílio Ribas. Em 2010, um incendio destruiu o maior acervo de cobras do país, queimando 70 mil espécies conservadas em formol.

 

Museu do Ipiranga (São Paulo)

Foi inaugurado em 1892 e está fechado faz 5 (cinco) anos, por problemas estruturais. O museu conta a história da Independência do Brasil e estima-se que será reaberta em 2022. O acervo foi transferido para diferentes locais da capital, como o Palácio dos Bandeirantes.

 

 

 

 

 

 

 

Memorial da América Latina (São Paulo)

Criado em 1989, o memorial foi concebido para ser um espaço de integração e informação dos países latino- americanos, acolhendo também a sede do Parlamento Latino-Americano – Parlatino. Em 2013, um incêndio atingiu o auditório Simon Bolívar e deixou muitos feridos.

 

 

 

 

 

 

Museu de Ciências Naturais da PUC/Minas Gerais.

Criado oficialmente em julho de 1983, abriga coleções científicas de referência da flora e fauna atual e extinta. Conta com mais de 130 mil espécimes reunidos nas coleções de fósseis (Paleontologia), coleções da fauna brasileira atual de mamíferos (Mastozoologia), aves (Ornitologia), répteis e anfíbios (Herpetologia), peixes (Ictiologia), animais invertebrada e botânica, além dos setores de Arqueologia, Astronomia e Bioacústica.  Em janeiro de 2013, um incêndio destruiu réplicas, cenários, fiações e pisos do museu.

 

 

 

 

 

 

 

Centro Cultural Liceu de Artes e Ofícios (São Paulo)

Fundado em 1873, o Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo fica no centro da capital paulista e mantem um Centro Cultural, responsável pela promoção das artes em geral e da preservação da memória da própria instituição. Em 2014 um incêndio destruiu seu galpão centenário. Ficou 4 anos fechados.

 

 

 

 

 

 

 

Museu Emílio Goeldi (Pará)

Depois do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, é o mais antigo do país. Fundado em 1866, é o segundo maior museu de história natural do país. As atividades do Museu concentram-se no estudo científico dos sistemas naturais e socioculturais da Amazônia, bem como na divulgação de conhecimentos e acervos relacionados à região amazônica.

Ainda corre risco de ser fechado por falta de verbas, embora o governo golpista tenha declarado que vai garantir orçamento para sua manutenção.

 

 

 

 

 

 

 

Esses são apenas alguns dos que sofreram com incêndios ou correm risco de fechamento ou sucateamento por falta de orçamento e interesse. Há outros espalhados pelo Brasil e, como dito acima, já são pelo menos 261 museus fechados, muitos dos quais não devem mais ser reabertos. O descaso da direita golpista, que odeia a cultura, ainda vai continuar destruindo, a ferro e fogo, a cultura brasileira.

 

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