A esquerda não pode, de forma alguma, se acovardar diante da extrema-direita.
A experiência histórica do movimento operário já demonstrou que a passividade das organizações populares, ainda mais em um cenário de radicalização da luta de classes, favorece o crescimento e o fortalecimento da extrema-direita.
Para barrar e derrotar o fascismo é preciso mobilizar de maneira sistemática e organizada o movimento dos trabalhadores. É preciso fazer agitações, difundir a propaganda de esquerda, denunciar os golpistas e os fascistas, construir a verdadeira resistência e a luta efetiva contra a extrema-direita.
Não se pode ter medo e recuar. Quem recua, naturalmente, dá espaço para o inimigo crescer e levar sua política adiante. A extrema-direita é uma força real e emergente, isso é inegável e o Partido da Causa Operária já vinha fazer esse alerta desde 2013.
No entanto, ela só está em ascensão, em grande medida, devido justamente à passividade das organizações de esquerda. Quando a direita estava na rua, no período imediatamente pré-impeachment, a esquerda não realizou um movimento de enfrentamento e deixou o caminho livre para os ataques a sindicatos, partidos e militantes de esquerda.
Quando, finalmente, acordando com o golpe de Estado que derrubou Dilma Rousseff, a esquerda começou a se mobilizar, os fascistas recuaram e saíram das ruas. Nas mobilizações cada vez mais radicalizadas contra a prisão de Lula, não se viu mais fascistas valentões intimidando e atacando a esquerda.
Por isso é preciso se mobilizar de maneira permanente e organizada, essa é a arma fundamental para impedir o avanço do fascismo. Não se pode abaixar a cabeça, pois assim o fascismo cresce. O movimento popular, por meio de suas poderosas organizações como a CUT, o MST, o PT e outros, deve colocar em movimento a classe operária, única força capaz de derrotar os golpistas, fascistas e a burguesia.