Após beijar a mão de Trump em sua passagem pelos Estados Unidos, Bolsonaro visitará o Chile no próximo fim de semana. Na convocação aos parlamentares do país para um almoço com o presidente ilegítimo brasileiro, o convite diz sobre a vestimenta: “homens: terno escuro ou roupa equivalente; mulheres: vestido curto”. O convite é assinado pelo presidente chileno, Sebastián Piñera, e pela primeira-dama, Cecilia Morel.
Dado o absurdo da situação, o governo chileno correu para dar uma desculpa, através do diretor-geral de protocolo do ministério das Relações Exteriores do Chile, Frank Tressler, disse que o texto não pede que mulheres vistam roupas curtas, mas sim que não se exige traje de gala.
A deputada Maite Pascal, do partido de esquerda Revolución Democrática tornou público o teor do convite, criticando tanto Piñera quanto Bolsonaro.
“Não somente o governo (do Chile) decide receber com honras um presidente xenófobo e machista (Jair Bolsonaro), senão que também pede às deputadas da República que vão com ‘vestido curto’. Esse é o Sebastián Piñera que diz acolher demandas feministas, mas envia um convite que segue em 1800”, escreveu a deputada.
A esposa de Piñera, Cecília, porta-voz do governo, também no intuito de retirar do governo a responsabilidade pelo absurdo, afirmou que a vestimenta sugerida é “parte do protocolo do próprio Parlamento” e que “se quiserem renovar os protocolos, que se revisem todos”.
Não se tenham ilusões. Isso é a direita. Querem cortar salários, preservar as desigualdades, dar cadeia para quem faça aborto, fazer as mulheres trabalharem quase o mesmo tempo que os homens. Além de tudo, veem as mulheres apenas como detalhes decorativos, por isso recomendam saia curta em um evento do governo. Seja no Chile ou no Brasil, o governo de direita se esforça para aprofundar a opressão contra as mulheres.
Portanto, para libertar as mulheres é necessário enfrentar a direita que se apoderou dos governos latino-americanos e sua política de conjunto. Fora Bolsonaro e todos os golpistas da América-latina!