Mais um dos resultados do golpe: o Brasil caminha para os 14 milhões de desempregados. O IBGE divulgou a Pesquisa Nacional por amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), referente a taxa de desemprego do primeiro trimestre deste ano e a estatística é de mais 13,1% no aumento de pessoas desempregadas.
A situação é ainda mais alarmante se levarmos em consideração que também nos primeiros três meses de 2017 o desemprego subiu em 13,7%. Ou seja, só de janeiro de 2017 a março de 2018 foi um aumento de pelo menos 26,8%.
O desemprego está diretamente ligado ao golpe. Pois o pico da carteira assinada foi entre 2013 e 2014. De acordo com o coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo: “a gente precisa perder mais de 50% dos desocupados que temos atualmente para voltar ao nível mais baixo da série (no quarto trimestre de 2013)”.
Apenas nos três últimos meses foram fechados 408 mil postos de trabalho. Afetando principalmente a indústria, construção e comércio. Colocando 1,528 milhão de pessoas na rua. Só na Grande São Paulo o desemprego cresceu 16,9% no mesmo período.
O golpe está tornando a vida dos trabalhadores a cada dia mais inviável. E a tendência é que o atual plano neoliberal para tentar salvar o imperialismo coloque o País em uma situação de miséria muito mais profunda do que foi a década de 1990.
É preciso integrar e formas comitês contra o golpe nos postos de trabalho como já vem acontecendo. A exemplo do comitê na fábrica da Ford na região do ABCD, em São Paulo, nesse mês de abril impulsionado pela luta contra a prisão de Lula.
Nesse momento, a luta contra o golpe precisa focar na liberdade de Lula. Os golpistas já mostraram que ficam paralisados diante de uma grande mobilização dos trabalhadores, como vimos em São Bernardo do Campo/SP – a manifestação em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos possibilitou mais tempo para Lula, além do estipulado pela direita. E uma vez que os manifestantes não queriam deixar Lula se entregar, esse mesmo ato também mostrou que os trabalhadores não acreditam mais na Justiça e outras instituições burguesas e querem enfrentar o golpe.