O ano de 2019 tende a ser um ano de duros ataques contra a categoria dos professores do Estado de Sâo Paulo e do funcionalismo público de um modo geral. Como vimos neste final de ano, no exemplo da capital paulista, onde os vereadores golpistas utilizaram da tropa de choque contra os professores e funcionários públicos da capital para aprovar a reforma da previdência, no caso do Estado o exemplo tende a ser seguido após a eleição fraudulenta para governador do golpista João Dória do PSDB.
Um desses ataques tem relação direta com a política de “meritocracia” implantada pelo PSDB em São Paulo, o chamado “Bônus” salarial pago aos professores do Estado. Calculado com base no IDESP, um Índice que tem como base as avaliações que os alunos dos 5º, dos 9º e dos 3º anos fazem nas escolas todos anos, o chamado Saresp, o bônus nada mais é do que um golpe contra os professores, pois o governo paga aquilo que foi roubado durante o ano da categoria, aprofundando a divisão na luta pelas questões concretas de melhoria da educação.
O bônus também é uma forma do governo não dar um aumento real de salário para categoria, concedendo um migalha para pequenas parcelas dos professores, enquanto o alto escalão, a Secretaria da Educação, as Diretorias de Ensino, e as próprias direções escolares recebem valores muito mais elevados que os professores.
O Bônus é pago somente para aquelas escolas que atingirem o Índice imposto pelo governo estadual, ou seja, é uma forma do governo do Estado jogar nas costas dos professores e também dos estudantes a responsabilidade da péssima condição de ensino no estado de São Paulo, a qual é consequência direta do desmonte da escola pública e da política de privatização do ensino imposta pelo governo tucano.
Com o aprofundamento do golpe de Estado no país, após a eleição fraudulenta de Bolsonaro e de seus capachos a níveis estaduais, como Dória em São Paulo, a direita irá aprofundar essas políticas, arrochando ainda mais o salário dos professores, fechando salas de aulas durante o ano letivo, como já foi anunciado pelo golpista João Dória, ou seja, piorando as condições de trabalho, com o intuito de facilitar a privatização do ensino de maneira completa, beneficiando os grandes tubarões do ensino pago.
É necessário mobilizar desde o início do ano nas escolas, organizando comitês de luta contra o golpe envolvendo professores e estudantes como um forma de resistir e enfrentar a política de terra arrasada que tentará ser implantada pela direita golpista contra a educação.