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O futebol arte é resultado da luta do negro

O futebol tem duas formas de ser jogado, pelo menos. A primeira é a da própria criação do esporte, com jogadores altos, pesados, pequenos toques de bola e muita truculência na marcação do adversário. Abusando do contra-ataque, quase não se “joga” efetivamente o esporte, se espera um erro do adversário para fazer o gol.

A segunda, desenvolvida pelos negros brasileiros, é a que caracteriza o futebol arte, aquele futebol que dá gosto de ver, com jogadas trabalhadas e dribles desconcertantes. O lançamento para a grande área, por exemplo, é exceção nessa forma de jogar. Os famosos “chuveirinhos”, hoje uma rotina das partidas de futebol, quase não existem.

Isso aconteceu em virtude da entrada dos negros no esporte, o que até início do século XIX era proibido. O futebol era um esporte das elites, também por isso, bruto. O negro começa a jogar futebol nas ruas mesmo, já que os campeonatos não permitiam a participação deles nos jogos tradicionais. Organizam torneios paralelos, como a famosa Liga dos Canelas Pretas, dentre outros campeonatos.

Depois de muita luta, e, demonstrando superior habilidade no esporte, os times começaram a aceitar o negro dentro das quatro linhas, e o resultado era formidável, espetacular, para dizer o mínimo.

O problema inicial é que o juiz (sempre, o juiz) apitava a favor dos times que não tinham negros, ou seja, deixava o pau quebrar, instigando os jogadores a caçarem os jogadores negros em campo. É daí que surgem os dribles, da fuga da brutalidade, da violência, para poder se alcançar o objetivo, o gol.

Se o leitor observar o gol de Pelé na copa de 1958, vai notar que o zagueiro da Suécia nem liga para a bola, e atinge diretamente o Rei com uma solada na coxa, e o atacante da seleção, para tentar escapar da agressão, aplica um chapéu espetacular, fazendo um dos gols mais bonitos jamais vistos.

Isso era uma rotina no início do futebol no Brasil. Os jogadores tinham que criar novas jogadas e dribles para escapar da violência. Não foram poucos, porém, os que tiveram a carreira destruída por entradas violentas por parte de outros jogadores.

O futebol, como obra do povo brasileiro, precisa ser defendido diante dos ataques da direita, que odeia o futebol, diante dos ataques da esquerda pequeno-burguesa, que, como de tradição dentro do próprio golpe de Estado, segue o que a burguesia manda.

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