A exemplo do que aconteceu em cidades da China e em uma ilha do Japão, que chegaram a derrubar restrições de deslocamento durante o mês de março, mas tiveram que retomá-las pouco depois por causa de um novo aumento na contaminação, o Estado de São Paulo também corre o mesmo risco, apresentando uma aceleração dos casos de notificação e mortes, logo depois de ter flexibilizado à poucos dias do começo da reabertura do mercado.
Tendo como estratégia de combate à pandemia do coronavírus, a quarentena tem sido usada como forma de prolongar o achatamento da curva de notificações e mortes e frear a velocidade de contágio, que, como consequência, dá um fôlego maior para que o sistema da saúde tenha condições de absorver – mesmo que parcialmente – o contingente de doentes pelo vírus, diante da total falta de medidas efetivas por parte dos governos da direita.
Dessa forma, se por um lado, com o relativo isolamento social (já que milhões de trabalhadores não têm condições de permanecerem em “quarentena”) o vírus vai é transmitido em uma frequência menor e o colapso do sistema ser menor, uma vez que o mesmo não tem condições nem menos de atender às demandas cotidianas da população.
Relaxar o isolamento social antes da hora, antes que sejam adotadas medidas mais efetivas de combate (como a aplicação de estes em massa, distribuição de equipamentos d proteção etc.) e do achatamento da curva, por decisão governamental ou pela propaganda de setores capitalistas, pode levar à chamada “segunda onda” de covid-19 e superlotar o sistema de saúde, e, por conseguinte, à uma perda ainda maior do controle da situação, a uma matança ainda maior de amplas parcelas da população, como defende a direita, aberta ou discretamente.
Uma situação que pode levar o País a uma taxa de letalidade de 20%, o que o fará superar os números de todos os países vitimados pela pandemia.