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O Estado policial

Desde a ofensiva da direita golpista que derrubou o governo de Dilma Rousseff em 2016 até este momento do governo ilegítimo de Jair Bolsonaro, os direitistas estão tentando criar e estabilizar um novo regime político sobre novas bases. Trata-se de excluir a classe operária de qualquer participação no regime, com o enfraquecimento de suas organizações e a perseguição aos partidos de esquerda. O meio para isso é a repressão, e por isso a direita está ampliando o cerco à população, com vigilância, ações de intimidação, prisões arbitrárias e armações para incriminar opositores.

A ofensiva da direita contra a sociedade é crescente, e já há vários exemplos demonstrando o avanço do regime político na direção de consolidar um Estado policial. Mesmo antes de os direitistas tomarem o governo através do golpe, a então presidenta Dilma Rousseff foi grampeada, assim como o ex-presidente Lula. O grampo ilegal foi usado em um momento decisivo pelos agentes do imperialismo no Brasil para precipitar o golpe de Estado.

Tomado o governo, a direita começou a aprofundar a vigilância e a perseguição contra a população. Com os poucos meses do governo Michel Temer, usurpador que assumiu o lugar de Dilma, em julho de 2016, 11 pessoas foram presas acusadas de “terrorismo”, inclusive apontadas como terroristas islâmicas. Era véspera das Olimpíadas, e para prender essas pessoas foi usada a lei antiterrorista, aprovada por Dilma sob pressão da direita golpista.

Desde então, vários casos de perseguição apareceram. Três deles são bastante recentes. Em junho, quatro líderes sem-teto do movimento MSTC (Movimento Sem-Teto do Centro) foram presos em São Paulo. A acusação armada contra eles foi de “extorsão”, com base em contribuições mensais que o movimento utilizaria para se financiar. Uma clara forma de perseguição política da parte do Estado, além de uma intromissão policial no funcionamento interno de um movimento popular.

Na terça-feira, 23 de julho, homens da Polícia Rodoviária Federal (PRF) do Amazonas invadiram uma reunião dentro da sede do Sinteam (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas), em Manaus. Uma polícia que responde ao governo federal, e que realizou uma ação para tentar intimidar a organização de um ato contra o presidente golpista Jair Bolsonaro, que iria para a cidade na quinta-feira (25).

Finalmente, um caso escandaloso que surgiu na última semana semana foi o dos supostos hackers que teriam invadido celulares de autoridades brasileiras, como ministros, juízes e parlamentares. Um espetáculo armado pela Polícia Federal, sob o comando do ministro da Justiça, Sérgio Moro, para procurar encobrir as denúncias feitas pelo sítio The Intercept Brasil relativas à parcialidade da Lava Jato contra Lula e o PT. A atitude parcial fica patente pelo conteúdo das mensagens privadas trocadas entre Moro e procuradores da Lava Jato, e é isso que a direita tenta abafar. Mas o caso é mais grave, a direita pretende usar o caso para tentar incriminar de alguma forma jornalistas e o próprio PT.

Estamos diante, portanto, de uma série de operações arbitrárias de repressão e perseguição política para tentar conter a população. O ministro Sérgio Moro já procura até mesmo formalizar esse estado de coisas. Em sua proposta “anticrime” para o Congresso incluiu até mesmo permissão para os policiais matarem, sob o pretexto de estarem agindo “sob forte emoção”. E na sexta-feira (26), publicou uma portaria para autorizar a extradição sumária de estrangeiros que seriam “perigosos para segurança do Brasil”. Uma ferramenta para expulsar o jornalista Glenn Greenwald do País, pelo “crime” de ter denunciado Moro. Essa portaria começa a formalizar a ditadura da direita, como um pedaço de um novo AI-5.

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