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O eixo de luta deve ser o FORA BOLSONARO

 

 

Essa é uma transcrição da análise política da semana do dia 13 de julho de 2019.

“ É importante chamar atenção sobre o balanço que pode ser feito das estratégias traçadas até aqui diante do governo Bolsonaro.

Eu já vi pessoas escreverem dizendo que há três ou quatro estratégias, seriam: negociar, existir etc A maioria da esquerda adotou a estratégia que é preciso resistir ao governo Bolsonaro. Surgiram palavras de ordem nos atos públicos que diziam assim: eu sou resistência. A política de resistência não vai para uma palavra de ordem de fim do governo Bolsonaro, apesar de que ele é, de acordo com os próprios institutos de pesquisa da burguesia que não são confiáveis, ele teria 1/3 de aprovação. Eu acho que é fácil de pensar que 1/3 de aprovação é fantasia, que ele tem bem menos que isso. Ele está atacando a maioria da população com extrema violência e a impopularidade dele foi demonstrada pelo número grande de manifestações desde o começo do governo dele, em atos públicos em todos os lugares. É perceptível a oposição ao governo dele. Então a resistência seria que você não pede para o governo sair, não faz campanha pelo fora Bolsonaro, não pede para o governo sair, mas você vai fazendo uma luta ultra defensiva. Você estabelece uma trincheira onde o governo está atacando violentamente a população, e aí você supõe uma resistência para impedir o governo de penetrar ainda mais profundamente no território inimigo. O caso da previdência era, digamos assim, o principal eixo da política de resistência por que foi um roubo extraordinário da população. Então a política de resistência consistiria em intervir no governo na sua política de ataque a previdência. O governo passou com extrema facilidade pelas forças adversárias, passou com extrema tranquilidade a política de resistência mostrou que ela não tem força nenhuma para resistir. Na medida que a maioria dos partidos políticos de esquerda se colocaram contra a palavra de ordem de fora Bolsonaro. Falaram: nós precisamos lutar em torno da reforma da previdência que é algo mais concreto, mais fácil da população compreender, isso acabou levando todo mundo para uma derrota. Então nós vemos aqui o falecimento da política de resistência. Como vai continuar essa política agora, como vai ser a resistência contra os ataques à educação com uma política totalmente defensiva da esquerda?

O governo vai passar por cima da esquerda.

O governo Bolsonaro e o conjunto da burguesia golpista está atacando a população por todos os lados. Depois vai ser a luta contra a privatização da Petrobras?

E como ficou claro será tudo derrotado porque não há uma congregação de forças para criar efetivamente o movimento que se oponha ao governo Bolsonaro.

A política defensiva mostrou-se uma política totalmente ineficiente. Agora isso daqui que a esquerda apregoa, vamos resistir, na realidade nesse episódio foi desmascarado como sendo uma política ineficaz.

na realidade nesse momento duas políticas em relação ao governo Bolsonaro: Existe a política da burguesia que colocaram o Bolsonaro no poder e tinha como objetivo, desde o primeiro dia, de disciplinar o Bolsonaro. Uma política que já foi expressa em algumas manifestações. Criaram a palavra de ordem que é assim: Bolsonaro seu fascistinha, nós vamos botar você na linha. Não sei exatamente qual é a linha que vamos colocar os fascistas, mas a ideia foi novamente expressa pelo Ciro Gomes que é um líder dessa ala burguesa que procura se apresentar como oposição ao Bolsonaro. Ele disse o seguinte: que a política de luta contra o bolsonaro fracassou. Pra ele já tinha fracassado até antes de o Bolsonaro ser eleito, porque ele fez o impossível para o Bolsonaro ser eleito. Mas ele descobriu de novo que ela fracassou porque o movimento parlamentar não teve força nenhuma diante do Bolsonaro. A esquerda parlamentar, parece que é uma descoberta recente isso daí, é ultra minoritária.

Nós tínhamos a ideia, vendo os números da eleição passada, que a esquerda era outra minoritária mesmo. Mas parece que alguém teve a ideia de que poderia formar a maioria dentro do Congresso Nacional.

E diante desse fracasso,isso é um fracasso se diante da situação você acreditar no oposto, que a esquerda parlamentar não é uma minoria bastante inexpressiva. Se não É a realidade relativa desse conceito e tirando a conclusão que diante dessa derrota é preciso recuar mas ainda. O próprio Ciro Gomes deixou claro que a política correta agora é colocar o Bolsonaro na linha. Ele falou textualmente, fracassou a ideia de combater o Bolsonaro. O que o Ciro falou significa que todo mundo deve se colocar reboque do PSDB, do DEM, do MDB, do Centrão para colocar O Bolsonaro na linha.

O que significa colocar o Bolsonaro a serviço da política geral dos golpistas.

Então nós temos duas linhas políticas colocar o Bolsonaro na linha que significa a PSDbilização do Bolsonaro. Quer dizer, ele vai ser um direitista, vai ser inclusive de extrema direita, mas vai ser mais palatável para o setores da grande burguesia que não querem determinas centro cidades típicas da extrema direita que o Bolsonaro tem.

Todo esse movimento que se diz de resistência está reboque desse movimento. O que é uma coisa absolutamente previsível. Na medida em que A esquerda abandonou a ideia de lutar pelo fora Bolsonaro, sua única alternativa é controlar o Bolsonaro e mante-lo sobre controle. A resistência significa isso daí. Manter o Bolsonaro sobre controle.

A política de frente ampla com o PSDB, o DEM, o MDB, com toda a corja dentro do Congresso Nacional se justifica plenamente porque eles querem manter o Bolsonaro na linha.

Efetivamente então nós vemos aqui agora que o desenvolvimento dessa política se revela não só um fracasso do pontos de vista dos interesses populares, mas ele se revela também como uma política de completo seguidismo da política da burguesia pelo Bolsonaro em nome da luta contra o Bolsonaro. Isso é muito comum, muita gente acha o seguinte, que é verdade até certo ponto, que se você tem um governo de extrema direita, existe uma tendência muito forte a radicalização dos pontos de vista. Mas nas direções políticas tendem a se inclinar para direita em nome da necessidade de se combater o governo de extrema direita.

Se o governo está na extrema direita, você vai cada vez mais à direita para uma frente com aqueles elementos que supostamente não são governo para combater o governo.

Acaba que você fica cada vez mais a reboque da direita. “

A análise política ocorre todos os sábados às 11h30 na COTV.

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