Na semana passada, o Governador do Estado da Bahia, Rui Costa dos Santos (PT) emitiu sua decisão de reabrir progressivamente as Instituições de Ensino Superior e as Unidades Escolares da Educação Básica para que os estudantes dos cursos superiores e do ensino médio possam retornar às aulas presenciais em plena pandemia. Ele deu destaque que não será obrigatório e que preservará a autonomia das escolas e universidades, porém como sabemos, quem segue por uma vez o jogo da direita, também poderá fazê-lo novamente. Ou seja, aquilo que começará como opcional terminará mais que obrigatório, num clima de ameaças à alunos e funcionários.
Rui apontou também que a reabertura é possível graças aos bons números do Estado da Bahia nos índices sobre a disseminação da COVID-19 no estado. Como dito antes, não sabemos ao certo a validade desses índices, uma vez que o esforço no combate à doença é mínimo. Portanto, podemos também suspeitar que a pesquisa sobre a doença é igualmente neglicenciada. O Governador, apesar de tudo, considera sua política cautelosa. Um projeto sorrateiro de imposição gradual da política genocida de voltar às aulas com pandemia e sem vacina. Tal ação prejudicará a população, especialmente o povo pobre.
Em situação semelhante estão os trabalhadores do funcionalismo público do estado que, antes tinham que trabalhar, com exceção dos idosos acima de 60 anos, agora somente aqueles com doenças prévias poderão permanecem ausentes do trabalho. Isso mostra que a política de usar a juventude e o povo para remunerar os capitalistas é parte de uma estratégia maior ligada à Frente Ampla. O objetivo é fortalecer a política direitista das alas à direita dentro da esquerda puxando-as para as posições da direita “civilizada”, Inclusive, reforçando a política punitiva e repressora da direita.
Isso demonstra a importância da mobilização da Juventude em torno da greve contra a volta às aulas presenciais, contra o ensino híbrido que é uma farsa, pelo Fora Bolsonaro e Lula candidato. Em meio a tantos ataques da direita, como a militarização das escolas, não podemos apoiar a esquerda que bota em prática a política da direita, temos que reforçar a luta pela independência da universidade e da escola, lutar contra a intervenção da direita bolsonarista na educação e mobilizar amplamente a juventude pelo Fora Bolsonaro.
É preciso denunciar esses setores da esquerda que estão de conluio com a direita. Nada de reabertura, nem de acordo com a direita no congresso nem nas eleições. A juventude deve lutar por seus interesses, e portanto, sem a direita que é inimiga da juventude. Mais do que nunca é necessária a força da juventude para superar a política conciliadora de Frente Ampla e caminhar rumo à política dos interesses dos trabalhadores e dos jovens.