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Luta de classes

O coronavírus e a revolução proletária

A crise mundial, agravada pelo coronavírus, coloca na ordem do dia a revolução proletária

Desde pelo menos o início do século XX, o capitalismo já havia se mostrado como um sistema caduco, incapaz de avançar no crescimento das forças produtivas mundiais.

A sua fase imperialista, como apontou Lenin no seu “Imperialismo, fase superior do capitalismo” descreve de maneira clara como que a fusão entre bancos e conglomerados econômicos era expressão da crise e não uma nova etapa de desenvolvimento que se abria. 

Os anos seguintes concretizaram os seus prognósticos, as guerras mundiais e entre elas a revolução russa, que inaugurou a época das revoluções proletárias, e ainda, o fascismo como elemento da reação da burguesia diante das revoluções ocorridas nos anos 20 e 30 do século passado.  

Passada a 2ª guerra mundial e as revoluções que se seguiram a ela, à exceção da revolução chinesa de 1949, todas derrotas com a ajuda fundamental do stalinismo, o capitalismo encontrou um período de relativo crescimento sobre os escombros da destruição das forças produtivas causadas pela guerra e pelo maciça intervenção estatal na economia.

Os anos de relativo crescimento não escondiam as guerras sistemáticas de pilhagem imperialista e as ditaduras macabras por todo o mundo, para conter com os mesmos métodos fascistas a luta de classes.

A partir de 1975 com a reabertura da crise mundial de superprodução, característica fundamental de sua fase imperialista, o capitalismo só vem ladeira abaixo. 

Entre 1975 e 2008, tivemos crises políticas e econômicas de grande intensidade por todo o mundo – derrota norte-americana no Vietnã, guerra Irã x Iraque, a segunda-feira negra nas bolsas de valores em 1987, a queda do muro de Berlin e o fim da União Soviética, a crise e derrota das ditaduras patrocinadas pelos EUA na América Latina, entre tantas outras, todas resultado da retomada da crise mundial.

2008 veio mostrar a crise em sua verdadeira dimensão, inclusive da política “neoliberal” adotada a partir de 1975, como saída para a crise, com a destruição da política de bem estar social adotada na Europa após a 2ª guerra e com o aumento da espoliação das nações atrasadas.

A crise de 2008 não passou. Antes da pandemia do coronavírus já era patente para os analistas econômicos por todo o mundo que não apenas a crise de 2008 não havia sido superada como ela estava sendo retomada em condições muito mais graves.

Uma característica geral de todas as crises econômicas do imperialismo é a de que a retomada do “crescimento” depois de cada uma delas, ocorre sempre em parâmetros inferiores ao da crise anterior.

Eis que veio a pandemia que serviu como catalisador para em tempo recorde colocar o mundo em condições piores do que a grande crise de 30. Nos EUA, principal País imperialista do mundo, o desemprego apenas no mês de abril já é comparável ao que levou cerca de dois anos para ocorrer depois do crash de 1929. 

Dados dos organismos internacionais já apontam que no final da pandemia haverá mais de 50% de pobres no mundo. Os dados, embora estratosféricos, ainda não representam a realidade. O Brasil, por exemplo, tem mais de 100 milhões de pessoas em condição de fazer jus ao abono de fome de R$ 600 do governo. Se a isso acrescentamos as crianças e os jovens dependentes e a previsão que ao exército de desempregados chegue a 30 milhões na próxima etapa, pode-se incorrer sem grande margem de erro que 70% dos brasileiros estarão entre a pobreza e a miséria absoluta.

O imperialismo já tomou a sua decisão. Diante do fracasso econômico, que os trabalhadores paguem pela crise. A política é morrer pela pandemia ou morrer pela fome, para os capitalistas pouco importa a não  ser salvar suas peles.

Finalmente, se a crise econômica que tomou forma com a crise de 29 foi capaz de produzir o período mais revolucionário da história da humanidade, agora não haveria porque ser diferente.

A pandemia traz à tona o que o Programa de Transição já deixava claro em 1938: “Toda a conversa no sentido de que as condições históricas ainda não ‘amadureceram’ para o socialismo é o produto da ignorância ou uma mistificação consciente. As premissas objetivas da revolução proletária não apenas ‘amadureceram’, como começam a ficar um tanto podres. Sem uma revolução socialista, e isso no próximo período histórico, uma catástrofe ameaça a cultura da humanidade como um todo. Agora, é a vez do proletariado, vale dizer, principalmente da sua vanguarda revolucionária. A crise histórica da humanidade reduz-se à crise da direção revolucionária”.

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