A debilidade do ilegítimo governo Bolsonaro foi mais uma vez reforçada durante o carnaval, em que não faltaram representações de sua impopularidade, desde protestos de cunho político protagonizados por diversas escolas de samba (como a Mangueira e a Paraíso do Tuiuti) até coros de xingamentos explícitos e espontâneos em blocos de rua por todo o Brasil.
Não podemos deixar de citar a repercussão de tais eventos regados de samba e ofensas ao fiasco presidencial, que reverberou no Twitter nesses últimos dias de carnaval, onde claramente em desespero pela revolta popular contra seu governo e fingindo alertar a sociedade sobre a suposta pornografia em que teria se transformado o carnaval no Brasil, postou ele próprio um video obsceno, que aprofundou a crise do governo ilegítimo.
Isso demonstra claramente a fragilidade que constitui a base do governo, onde o clamor popular de quatro dias de festa reverberou por todo o país, indicando que a tendência a um enfrentamento popular com o governo está aumentando a cada dia.
Com o exemplo do carnaval, que é a maior, mais popular e representativa festa do país, o povo expressou num coro uníssono seu completo repúdio pelo governo iniciado há apenas dois meses, transmitindo a clara mensagem de que não existe legitimidade no governo, que é produto de um processo eleitoral fraudulento que rasgou a Constituição da forma mais arbitrária possível para tirar Lula do caminho e comprar o congresso pela derrubada da primeira mulher eleita no país, e reeleita com 54 milhões de votos, Dilma Roussef.
A proximidade do carnaval e dia internacional da mulher trabalhadora favoreceu a intensificação da luta das mulheres, que deve ser encarada não com o identitarismo costumeiro, mas conforme suas origens: marcada historicamente como uma luta socialista das mulheres, conforme aconteceu em 1917, quando mulheres soviéticas tecelãs de soldados do exército tomaram as ruas de Petrogrado, chamando os operários para o que então se desenrolaria na greve geral, contra a monarquia dos czares e possibilitando a tomada do poder pelos bolcheviques.
Nestas condições, em várias manifestações pelo País, essa data, que remete à força da mulher trabalhadora (e não a flores, presentes, chocolates etc) foi usada pelas mulheres para centralizar e impulsionar a luta contra o avanço do governo golpista e barrar a onda de política de retrocesso e assalto aos direitos que atingem a todos e de maneira mais agressiva e cruel, os direitos das mulheres.
Na mesma proporção que o governo capacho do imperialismo segue com seu plano entreguista, a revolta popular se intensifica em todos os setores, por todas as regiões, (conforme tivemos uma boa amostra nos dias de carnaval) promovendo uma unificação com a reunião progressiva de forças que deve nortear-se em torno do grito de ordem “Fora Bolsonaro e todos os golpistas” e “Liberdade para Lula e todos os presos políticos”.
O governo está patinando e não tem autoridade nem competência para se manter, uma vez que é ilegítimo, fraudulento, improvisado e fadado a terminar por ser derrubado, como todo governo que alcança o poder dessa forma durante toda a história da humanidade.