A direção do banco inglês, HSBC, anunciou no último dia 18 de fevereiro o fechamento de 35 mil postos de trabalho nas suas dependências ao redor do mundo. Segundo os banqueiros, a ideia é reduzir custos e, que nos próximos três anos será reduzido o atual número de funcionários de 235 mil para 200 mil, conforme afirmou em entrevista Noel Quinn, diretor executivo do banco.
As justificativas do banco de queda em seu lucro, de que a empresa enfrenta muitas incertezas, provocadas pela guerra comercial entre os Estados Unidos e China, a saída do Reino Unido da União Europeia e o coronavírus na China, conforme noticiado pela imprensa capitalistas, é apenas uma cortina de fumaça para encobrir o que de fato está por trás das demissões: para que os banqueiros lucrem muito mais às custas da miséria dos trabalhadores.
O HSBC é o sétimo na lista do ranking dos maiores bancos mundiais em 2020 por total de ativos, um dos maiores bancos da Europa, com um total de US$ 2.558 bilhões, com mais de 51 milhões de clientes e presente em 73 países.
Não podemos esquecer que em 2015 foi revelado um esquema de lavagem de dinheiro promovida pelo HSBC na sua filial na Suíça, num esquema que ficou conhecido como Suiçalão, esquema esse que ajudou cerca de 106 mil clientes em todo o mundo a sonegar US$ 120 bilhões em impostos, sendo que entre os 106 mil clientes, 8 mil eram brasileiros. Um esquema, que no Brasil, poderia se chamar de FHSBC, isso porque um dos nomes relacionados pela investigação é o de Saul Sabbá, o dono do banco Máxima que deu consultoria para Fernando Henrique Cardoso, no seu governo, no Programa Nacional de Desestatização, o programa de privatização responsável pela venda a preço de banana da Vale do Rio Doce, e da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) entre outras.
Em 2015 o HSBC, com a mesma justificativa de hoje, anunciou o fechamento de agências em 20 países e mais de 200 agências só nos Estados Unidos, além da venda de suas filiais no Brasil e Turquia, depois de ter anunciado uma restruturação para reduzir custos de U$ 5 bilhões e enxugar 30 mil vagas de trabalhadores em todo o mundo.
Para salvar da bancarrota os lucros dos ricos banqueiros e seus acionistas, tudo que eles têm a oferecer são ataques cada vez mais violentos às já duras condições de vida dos trabalhadores.
Os trabalhadores do HSBC e os trabalhadores em geral não devem ter nenhuma ilusão nos patrões, em particular os bancários, nos banqueiros. Para eles o que apenas interessa é somente o lucro, nem que para isso tenha que levar à miséria dezena de milhares de pais de família.