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Paralisia da esquerda

O avanço da extrema direita é culpa da esquerda que se recusa a lutar

Artigo de Roberto Amaral tenta convencer o leitor que setores dos oprimidos se unem a direita, mas não denuncia que a esquerda se recusa a ir as ruas mobilizar os pobres.

O artigo Os deserdados do capitalismo são a base social do autoritarismo escrito por Roberto Amaral no sítio Brasil 247 apresenta uma tese que “os deserdados do capitalismo são a base social do autoritarismo, e assim se dão as mãos oprimidos e opressores, pois o autoritarismo é o instrumento mediante o qual, na crise, a classe dominante conserva o poder”.

O texto apresenta uma série de afirmações e exemplos que tentam convencer o leitor de que a burguesia nos momentos de crise, os trabalhadores e a classe média buscam a direita para resolver os problemas de maneira autoritária.

É fato que através de muita manipulação a burguesia tenta atrair setores dos explorados para implantar suas medidas para reduzir o impacto da crise no sistema capitalista e explorem ainda mais os trabalhadores. E para isso, se utilizam de medidas cada vez mais violentas e autoritárias, que é o fascismo.

No texto também tentam convencer o leitor sobre as mudanças no ‘mundo do trabalho’ e do avanço da tecnologia que exigem a invenção de novas formas de atuar entre os trabalhadores e a população explorada. Roberto Amaral afirma que “a tendência, em curso, na vigência da globalização capitalista e do neoliberalismo, é a precarização das condições de trabalho, desafiando partidos e sindicatos, o que passa a exigir das lideranças políticas e sindicais a invenção de novas formas de organização e de ação política”.

Mas o ponto fundamental dessa questão é por que a esquerda não mobiliza os pobres contra os causadores da desgraça e ao invés culpar setores que se aproximam da extrema direita ou da maioria esmagadora dos trabalhadores que não apoiam, no nosso caso o bolsonarismo, mas também não reagem.

A esquerda deixou de fazer luta nas ruas e mobilizar os trabalhadores para ir atrás de ‘novas formas de atuação’, ou seja, não vai mais na porta das fábricas, bairros operários, escolas e por aí vai. Nesses anos após o golpe, em que os ataques contra os trabalhadores foram gigantescos, a esquerda concentra seus esforços no parlamento, com parlamentares que quase nunca estão antenados nas questões dos trabalhadores ou canalizam a revolta da população para as eleições que não resultam em nada.

A esquerda e os intelectuais deveriam parar de jogar a culpa nos trabalhadores pelo bolsonarismo e pelo avanço da extrema direita e ir na porta das fábricas e bairros operários para mostrar que Bolsonaro e a extrema direita estão destruindo o país e organizar os trabalhadores para derrubar Bolsonaro, cuja vontade demonstra em qualquer aglomeração recente surge a frase “Ei Bolsonaro, vai tomar no….”.

O avanço da extrema direita no Brasil se dá porque setores dirigentes da esquerda pequeno-burguesa se recusam a colocar a palavra de ordem Fora Bolsonaro e lutar para derrotar o governo nas ruas, pois buscam uma maneira de fazer acordo e conviver com os bolsonaristas.

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