A imprensa venal, ávida por disfarçar a situação de tragédia dentro dos frigoríficos, quer fazer parecer que, por interesse dos patrões, as fábricas estão dispensando os trabalhadores, quando na realidade, sempre arrumam uma forma de fazer com que os funcionários retornem o quanto antes, principalmente através de seu braço direito, que é a justiça, como ocorreu no Paraná.
O Correio do Povo de ontem (02) disse que os patrões do frigorífico Silva decidiram liberar os trabalhadores. Depois de que mais de 100 trabalhadores já haviam sido afastados, agora, mais 44 testaram positivo pelo COVID-19, mostrando o caos evidente dentro da fábrica, conforme a reportagem, os patrões estão preocupados com as condições de vida, apesar de não terem realizado qualquer alteração nas péssimas condições de trabalho, ao contrário, diante da pandemia deixaram os trabalhadores largados à própria sorte.
A partir da análise, a gestão poderá tomar novas medidas em relação à liberação das atividades no local. Até que os resultados dos novos exames fiquem prontos, as atividades no local serão interrompidas a partir desta terça-feira.
O artigo diz ainda que a prefeitura da cidade de Santa Maria, município, do estado do Rio Grande do Sul, denunciado como um dos mais vulneráveis diante do COVID-19, contando com mais de seis mil operários contaminados e, o governo do Eduardo Leite, do golpista PSDB, bem como, os demais prefeitos do estado onde mais se alastrava o contágio, se calaram e continuam em silêncio sepulcral até agora.
O próprio prefeito Jorge Pozzobom, também do golpista PSDB, após seis meses da pandemia e os trabalhadores sendo contaminados, devido às atitudes criminosas dos patrões, resolveu testar o frigorifico Silva. No entanto, existe uma manobra recorrente nessas cidades que é fingir preocupação, desta forma, fazem meia dúzia de testes nos trabalhadores, uma atitude cínica e demagógica, principalmente quando há uma investigação, como a realizada pelo Ministério Público do trabalho (MPT) que, inclusive resultou na interdição e não na liberação, como insinua o Correio do Povo, pois os patrões gananciosos exploram seus trabalhadores até a última gota de sangue.
Não há como deter o coronavírus nos frigoríficos sem que os trabalhadores parem suas atividades e por isso é necessário que o conjunto das organizações operárias se empenhe na mobilização pela realização da greve, que não pode ser de forma isolada, mas nacionalmente.
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carne, Derivados e do Frio no Estado de São Paulo, juntamente com Central Única dos trabalhadores (CUT) e demais organizações como a Contac, etc. está organizando, nas fábricas a mobilização que culminará na greve desse setor industrial.