Na tarde do dia dia de 18 de julho o Diário Causa Operária (DCO) sofria um ataque hacker que procurou destruir completamente o sítio, tentando assim calar a voz do jornalismo revolucionário, proletário, comunista, trotskista no país.
Estamos repetindo durante toda a campanha, que esse ataque não se trata de um acontecimento isolado, os direitos das organizações dos trabalhadores estão diretamente ameaçados. Há muitas coisas acontecendo nesse momento, estamos sob uma ameaça constante da extrema direita bolsonarista, fascista e da direita golpista. A mesma direita golpista que uma parte da esquerda, de maneira totalmente equivocada e perigosa, apresenta como uma força democrática do país.
Nestas últimas semanas, no dia 13 um elemento infiltrou-se na sede do jornal A Nova Democracia e sabotou as instalações de internet. No dia 20 houve uma série de ataques ao veículo Ponte Jornalismo, pondo seu sítio fora do ar. Outro acontecimento que chamou atenção essa semana foi o caso do grupo de extrema direita que tentou impedir o aborto de uma menina de 10 anos vítima de estupro. Esses casos, entre outros, demonstram que não se tratam de casos isolados. Existe um ofensiva da extrema direita, que não está alheia ao desenvolvimento da situação política, de tentar impor pela força suas posições, sendo aparentemente uma tentativa da direita de retomada das ruas.
A extrema direita, que nunca parou de atuar de maneira intensa na situação política, está procurando erguer uma nova onda de ataque contra os direitos democráticos depois dos atos fascistas frustrados pelas manifestações de diversas organizações antifascistas, entre elas o Partido da Causa Operária, que desbarataram as ações da extrema direita.
Todos os sinais indicam uma tentativa da extrema de direita de recuperar o terreno político. Há um conjunto de acontecimentos que indicam a ofensiva da extrema direita dentro do regime político e que se essas ações progridem, e elas estão prosperando, darão o tom do regime político. Não sendo estritamente necessário uma ou outra mudança legislativa, institucional, para que o regime assuma um caráter cada vez mais repressivo. A presença da extrema direita nas ruas, as ameaças das forças armadas e todo o resto têm que ser considerado como parte do funcionamento das instituições do regime político, o crescimento disto vai levar à formação de um governo acentuadamente bonapartista e até mesmo de um regime fascista.
É preciso responder às mobilizações da extrema direita com mobilizações de rua da esquerda. Nós precisamos estar preparados para responder à altura as próximas mobilizações da extrema direita com a mobilização dos trabalhadores, sua ação política direta nas ruas.
Os ataques cibernéticos exigem uma resposta mais complexa porque são ataques anônimos, sob a cobertura de determinado sigilo tecnológico. Mas nós estamos investigando, estamos tentando identificar quem foram os criminosos que atacaram nosso sítio. Sendo identificados nos usaremos todos os meio legais a nossa disposição, mas isso não é tudo, quando identificamos qual grupo se tratar vai haver uma retaliação de nossa parte contra esse ataque que nós sofremos, uma retaliação direta. Nós não podemos permitir que as coisas evoluam no sentido dado pela extrema direita.
Sendo assim, também deixamos nossa solidariedade com A Nova Democracia e o Ponte Jornalismo pelos ataques sofridos e integramos esses acontecimentos na nossa campanha de denúncia contra o ataque sofrido pelo nosso jornal diário, chamando a uma unidade no sentido de combater e esmagar as forças fascistas.