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Sem direitos

O assassinato de Lázaro e a campanha fascista da polícia

Polícia deixou o terror tomar conta propositalmente para depois violar todos os direitos democráticos do indivíduo

O caso da morte de Lázaro Barbosa, 32 anos, em Goiás prova que as PMs e forças repressivas do Brasil são anti-povo, assassinas profissionais e desvinculadas de qualquer responsabilidade pelos crimes que cometem, ou seja, impunes.

Apesar das movimentações e congratulações politiqueiras e eleitoreiras dos caciques políticos de Goiás e região, enaltecendo as forças com quase 300 homens mobilizados, alimentados e motorizados, equipados com materiais bélicos para repelirem um pequeno exército invasor de Marte ou Vênus, para prenderem e levarem à Justiça um mateiro pobre, do mato, um ser perigoso mas somente um homem, a caçada com final em execução sumária, que destruiu a face de Lázaro e cravou com 125 tiros seu corpo que alojou 38 balas, talvez num ritual de vitória, tem sua marca maior na apresentação pública do translado do corpo dele de um carro não oficial para a ambulância.

Não se trata de pedir tratamento humano ou respeito a alguém que matou muita gente, mas de perguntar se as instituições disfuncionais interessam para a população, pois nitidamente as forças de repressão envolvidas no caso, após passarem muita vergonha na imprensa por trapalhadas e graves violações na região, como torturar a esposa de Lázaro para localizá-lo ou invadir terreiros religiosos. Isso mostrou que Estado de Direito é um estado de espírito ao vento para essas instituições que tinham por tarefa simples a prisão e interrogatório de Lázaro, traçar seu perfil psicológico e oferecer a ele um julgamento adequado.

Óbvio que no Brasil de Bolsonaro e dos golpistas isso tudo não passa de fantasia. Aliás, a violência urbana, rural, os crimes, tudo que é de ruim e que causa sofrimento à população apenas cresceu desde Temer, o vice que tramou com as forças armadas, em especial com Vilas Boas, comandante do Exército, mas também com o STF a deposição de Dilma. Piorou mais ainda com a entrada de Bolsonaro na presidência, uma escolha da burguesia e do imperialismo que devastou ainda mais a nação.

Com a crise capitalista e a pulverização gradual do regime político, uma massa gigantesca de mais de meio milhão de pessoas morreram por uma pandemia que poderia ter sido mitigada senão evitada, o cenário econômico entrou numa espiral de pilhagem dos ricos sobre os pobres, os direitos foram arrancados e fenômenos como o de Lázaro na sociedade viraram válvulas de escape para muita gente.

Moradores da região onde ocorriam as buscas acusavam os policiais de passearem à toa nos carros, “queimando diesel”, de estarem se engordando com petiscos, numa operação de milhões de reais por pressão da imprensa e muitas conversas estranhas sobre manipulação das motivações e ligações de Lázaro. A verdade da entrega do corpo de Lázaro pelo IML e a recusa da família em ir buscar para o sepultamento não se deve somente ao medo de consequências imediatas pelo ódio no ar. A presença do Estado não se dá para garantir minimamente os direitos constitucionais, mas sim para esmagar esses direitos.

A população não se sente protegida pela polícia, a vê com receio porque o povo percebe que atuam sem obediência a nada e nem ninguém, que quem julga, condena e aplica a punição (geralmente a pena de morte, embora seja ilegal) é a própria polícia.

A população no Brasil todo pede fim das polícias. Esse caso de Goiás não melhorou em nada a percepção. Seria muito melhor a formação pelas comunidades de milícias populares para equilíbrio da sociedade, com decisões democráticas e não soluções estrambóticas e horripilantes no trato, sem regras pré-estabelecidas, mas ali determinadas por quem se diz no direito de julgar, executar e não investigar.

Lázaro foi ocultado por um fazendeiro que não permitiu a polícia entrar em suas terras, foi o relato de policiais. Tivesse a polícia prendido Lázaro, caso esse fosse o objetivo da “caçada”, muitas coisas seriam esclarecidas, inclusive as motivações de tantas mortes. Bastava seguir os direitos constitucionais e a inteligência para tais casos para resolver a questão por completo.

A polícia, mais uma vez, provou a que serve: causar o terror e se beneficiar dele, esmagando a população e passando por cima de qualquer direito.

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