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Retrospectiva cultural

O ano em que os golpistas aprofundaram a destruição da cultura

Governo Bolsonaro criou uma "Secretaria da Anti-cultura" para atacar as iniciativas culturais do País

A cultura foi um dos alvos principais do golpe dado em 2016. A política que foi levada adiante pelos governos golpistas desde então mostraram claramente qual era o objetivo da campanha feita pelos coxinhas fascistas que foram levados às ruas pela direita para criar o clima artificial de apoio popular ao golpe contra a “Lei Rouanet”. Tratava-se de criar as condições para eliminar qualquer investimento na arte e no setor cultural em geral. A direita é inimiga declarada da cultura, pois vê em qualquer manifestação intelectual uma ameaça ao seu domínio.

Michel Temer, assim que assumiu após o golpe, tratou de extinguir o Ministério da Cultura. Não conseguiu de primeira, foi obrigado a voltar atrás depois de uma mobilização dos artistas. Mas o sinal estava dado e Bolsonaro, assim que assumiu, eliminou o ministério, criou uma Secretaria da Cultura, subordinada ao Ministério da Cidadania e depois ao Ministério do Turismo.

A política levada adiante pela secretaria foi a da destruição da cultura. Nesse sentido, melhor nome para o órgão seria “Secretaria da Anti-cultura”.

A Pasta teve três secretários diferentes em 2020. O ano começou com o então secretário, Roberto Alvim, que se intitula dramaturgo, protagonizando uma cena ridícula que acabou resultando em sua demissão: colocou Richard Wagner em volume alto e proferiu um discurso plagiando trechos do ministro de propaganda nazista Joseph Goebbels, colocando o vídeo nas redes sociais. Foi demitido porque nos governos golpistas pode ser nazista, só não pode falar que é.

Depois disso, veio a atriz global Regina Duarte. Direitista e golpista, reconhecida por declarações constrangedoras e vergonhosas, Duarte durou pouco tempo na Pasta. No seu lugar, em junho, outro ator de TV, Mário Frias, assumiu a secretaria.

O novo secretário tem colocado em marcha a política do golpe. A notícia que marca o final do ano são os projetos parados da Lei Rouanet. No primeiro semestre, houve uma queda de 35% na captação de recursos para projetos, para piorar, em agosto, Frias dispensou 139 profissionais que trabalhavam em análises dos projetos, deixando apenas 25.

A primeira ação no novo secretário foi a intervenção na Cinemateca em São Paulo. A parceria com a Associação Roquette Pinto, uma entidade privada que administrava o órgão, não foi renovada. A crise gerou demissões em massa e o fechamento da Casa, que possui um dos maiores acervos da América Latina. Houve protestos de funcionários e cineastas. A intervenção no órgão foi marcada pela ação da Polícia Federal e da Guarda Civil Metropolitana para tomar as chaves do local.

E por falar em cinama, a Ancine (Agência Nacional do Cinema) foi alvo do Ministério Público por improbidade administrativa devido à paralisação no Fundo Setorial do Audiovisual, que financia projetos do cinema brasileiro.

Com a enorme crise gerada no setor cultural por conta da pandemia, por pressão de artistas, foi aprovada a Lei Aldir Blanc, que resultou num auxílio para trabalhadores da cultura. O dinheiro, embora insuficiente, foi distribuído aos municípios e são muitos os relatos de problemas burocráticos e políticos para a chegada dos recursos a quem precisa.

Em resumo, e esses foram apenas alguns dos acontecimentos, sem contar os ataques do governo contra artistas, censura e declarações fascistas contra obras de arte, o governo Bolsonaro se uniu à pandemia para devastar a cultura nacional em 2020.

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