Segundo o novo arcebispo mexicano, Fabio Martínez Castilla, a realização do aborto por uma mulher é muito mais grave do que um padre abusar sexualmente de uma criança. O arcebispo declarou em entrevistas feitas a jornais do país, onde deixou claro seu posicionamento frente a uma questão que é o grande cerne da opressão das mulheres mundo a fora.
Para Fabio Martínez, ao realizar o aborto a mulher está tirando uma vida, e portanto é um homicídio, e por isso é qualitativamente pior do que um ato de abuso sexual contra uma criança. Com essa declaração, fica clara a posição reacionária desses pseudos “defensores da vida”: defende a proibição do aborto a escravidão das mulheres, ao mesmo tempo em que encobrem, praticam e defendem todo tipo de ataques contra às mulheres, aos jovens e às crianças.
O posicionamento do arcebispo, está em sintonia com os setores mais obscuros representados pela ala fascista da extrema-direita, que se apoiam no conservadorismo religioso, o mesmo que corrobora com o massacre das mulheres que sofrem consequências com a proibição da prática, isso está representado pelo grande número de mortes causadas pelas complicações em clínicas clandestinas, etc.
Fato é, que para a extrema-direita o que acontece ou deixa de acontecer com as crianças não interessa. Isso reforça as ações dos setores mais obscurantistas, verdadeiramente cachorros loucos da extrema-direita que contribuem para a opressão das mulheres de maneira direta.
É preciso reafirmar a luta das mulheres contra o aparato direitista e conservador. Nesse sentido, a luta política real deve ser organizada. Só com as próprias mulheres mobilizadas será possível a garantia de direitos elementares para as mesmas, bem como a legalização irrestrita do aborto.