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“Nunca fiz mal a ninguém”: Bolsonaro “esquece” que defendeu “metralhar todos petistas”

A direita reagiu ao ataque a facada contra Jair Bolsonaro, candidato à presidência pelo insólito “PSL”, como se fosse um atentado orquestrado pelos “comunistas” do PT e do PSOL contra seu líder maior. Os partidos de esquerda, não só os supracitados como PC do B, PCB e PSTU, lamentaram o ocorrido de forma educada e convencional, evocando a necessidade de se fazer política através do “debate democrático” isento de violência. Afinal, bater ou machucar o adversário nessas questões não leva a nada, e nos remete à barbárie.

Um analista como Vladimir Saflate disse que a facada “despolitizava o debate”, por desviar a tematização da crise política para novelesco do “drama”, forjado ou não, transcorrido em Juiz de Fora.

Ao contrário de todas essas perspectivas, fato é que a facada pôs em relevo uma contradição concreta, real, entre os interesses da direita e os do povo, que há 3 anos tem sido intimidado covardemente pelo discurso bolsonarista.

Pode-se discordar do assassinato de indivíduos como método, afinal, eliminar um direitista não irá extinguir a direita como forma deformada de percepção da realidade, que naturaliza a hierarquia entre dominadores (os auto-denominados “homens de bem”) e os dominados, tidos como “inferiores”. Do mesmo modo, diga-se de passagem, o assassinato de Lula não eliminaria o socialismo como ideia eterna de emancipação da humanidade.

O mais plausível, conforme disse em interrogatório Adélio Bispo de Oliveira, o esfaqueador, é que ele não aguentava ouvir reiteradamente que os negros eram inferiores.  Sentia que pessoas “como ele” estavam sempre ameaçadas e humilhadas pelos discursos inflamados e demagógicos de Bolsonaro. Com seus parcos recursos, a sua maneira, ele pretendeu em contrapartida assustar aquele que era ao mesmo e a seus olhos sua vítima e virtual algoz, impondo-lhe medo como reação defensiva.

Seria um grave erro “despolitizar” a facada, como se ela fosse consequência do desencadeamento de um surto psicótico, ou algo assim, realizado por uma pessoa mentalmente desequilibrada. A facada foi uma espécie de resposta aos insultos descabidos de Bolsonaro, dirigidos principalmente à massa da população brasileira, negra e pobre.

Ao invés de reagir de forma hipocritamente cordial e bom-mocista, os partidos de esquerda deveriam portanto nessa hora, isso sim, se empenhar em relacionar a violência do ato cometido contra o presidenciável fascista com aquela preconizada e estimulada pela própria direita.

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