A Espanha ultrapassou a China e se tornou o terceiro país mais afetado pelo coronavírus em todo o planeta. Com 738 mortes nas últimas 24 horas, e passando do número de 4000 mortes oficiais por conta da doença COVID-19, a Espanha demonstra a total falência de seu regime político e econômico.
Os números do coronavírus na Espanha são assustadores e podem ser ainda pior, pois o país declarou que iria devolver testes comprados da China por conta de sua ineficácia na detecção do vírus. Entretanto, isso é mais uma prova da decadência do regime no país, já que a China alegou que havia informado o governo espanhol sobre quais empresas estariam credenciadas para a compra dos testes, sendo que a Espanha optou por comprar teste da empresa Bioeasy que não possui a licença oficial da Administração Nacional de Produtos Médicos da China, necessária para a produção dos produtos.
Não é de hoje, porém, que o regime espanhol demonstra sua decadência. Sua constituição é descendente direta do fascista Francisco Franco, que ao morrer em 1975, deu lugar a um regime monarquista que dura até os dias de hoje e que reprimiu fortemente todas as tentativas de independência por parte das regiões autônomas da Espanha, como é o caso dos nacionalistas vascos, catalães e galegos.
Sem um partido operário forte e com laços verdadeiros com os trabalhadores, o regime espanhol variou entre partidos declaradamente de direita e partidos com aparência esquerdista, como é o caso do partido do atual primeiro ministro espanhol Pedro Sánchez do PSOE, porém com a mesma política neoliberal que destruiu o estado em prol dos grandes capitalistas.
Nos últimos anos, a tendência às mobilizações separatistas por parte dos catalães, assim como a forte repressão do estado contra essa tendência e também contra mobilizações no País Vasco, bem como a crise política por qual passou a Espanha, que não conseguia ver Pedro Sánchez formar um governo, bem como o fortalecimento e crescimento da extrema-direita, demonstra a fragmentação do regime.
No entanto, é o coronavírus que vem provar de uma vez por todas a incapacidade do regime de lidar com a situação. Mesmo sendo um país imperialista e desenvolvido, a Espanha não consegue conter o vírus nem salvar a vida de sua população.
Sendo assim, um país que já foi uma das grandes potências mundiais, hoje enfrenta problemas e não dá conta de salvar a vida da população. Visto que a tendência à mobilizações separatistas na Espanha era grande, a tendência é que com o fiasco do regime em conter o coronavírus, as mobilizações se intensifiquem, podendo gerar o fim da Espanha.