Da redação – Em novas informações das conversas vazadas de membros da Lava Jato, a Revista Veja, que recebeu informações do The Intercept, revelou que Moro, que deveria exercer o papel de juiz imparcial, atuava como o verdadeiro dirigente da Lava jato, orientando os procuradores e até “dando bronca” neles quando algo não lhe satisfazia.
A entrevista da Veja afirma o seguinte: “Uma conversa de 28 de abril de 2016 mostra que Moro orientou os procuradores a tornar mais robusta uma peça. No diálogo, Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa em Curitiba, avisa à procuradora Laura Tessler que Moro o havia alertado sobre a falta de uma informação na denúncia de um réu — Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a Petrobras para a construção de plataformas de petróleo, e um dos principais operadores de propina no esquema de corrupção da Petrobras. Skornicki tornou-se delator na Lava-Jato e confessou que pagou propinas a vários funcionários da estatal, entre eles Eduardo Musa, mencionado por Dallagnol na conversa.”
“No dia seguinte, MPF incluiu um comprovante de depósito de 80 000 dólares feito por Skornicki a Musa”.
Depois disso, em que Moro orientou os procuradores, aceita a denúncia e “menciona o documento que havia pedido”.
Em outros documentos, fica explícito que Moro orientava todas as ações dos procuradores da Lava Jato, cobrando diretamente a atuação dos procuradores.
Quer dizer, Moro não atuava apenas com conjunto contra a acusação, mas liderava todo o processo de perseguição da Lava Jato – algo totalmente criminoso, pois ele é o juiz.
A continuar…
Diante da enorme quantidade de material revelado pela revista Veja o Diário Causa Operária irá divulgar as informações de forma parcelada durante o dia. Mas para que fique aqui nossa opinião, essas novas informações revelam mais uma vez o caráter criminoso da operação Lava Jato, e portanto, também da prisão de Lula.
É preciso aproveitar a crise da Lava Jato para derrubar, de conjunto, a operação golpista, além do governo que foi por ela eleito. Exigir a liberdade de Lula e novas eleições.