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Comitês de luta estudantil

Novos protestos se desenvolvem na UFRGS

Segundo ato em frente a reitoria contra a intervenção bolsonarista foi feito

A exemplo da última quinta-feira (17), mais uma vez centenas de estudantes, técnicos e professores se reuniram na manhã desta segunda-feira (21) para protestar contra o anúncio do interventor bolsonarista André Bulhões Mendes para a reitoria, escolhido através do presidente fascista ilegítimo Jair Bolsonaro (sem partido) em nomeação via lista tríplice.

Essa consulta à comunidade acadêmica para a reitoria na gestão 2020/2024 foi realizada no dia 14 de julho. Devido à pandemia do novo coronavírus, a votação foi virtual. Na consulta, os atuais reitor e vice-reitora da Ufrgs, Rui Oppermann e Jane Tutikian, venceram o pleito. Em segundo lugar ficou a chapa de Karla Maria Müller e Cláudia Wasserman. Já Carlos André Bulhões e Patrícia Helena Lucas Pranke ficaram na terceira posição.

Bulhões, o cínico, já começa mentindo

Em debate realizado entre as três chapas antes da votação, Bulhões afirmou que desejaria respeitar o resultado do pleito interno, mesmo que a chapa escolhida pelo Presidente não fosse a vencedora da consulta.

O meu desejo, e respeitando a todos é, que devemos, sim, respeitar esse resultado e que o primeiro seja nomeado. Eu desconheço qualquer outra razão. Qualquer outra coisa difernte disso, pra mim, é uma especulação.” Disse o interventor fascista.

Mas na última coletiva de imprensa, ele mudou o discurso. Disse que sua nomeação cumpre os regimentos internos e que foi ”lembrado” por assessores de ter firmado um compromisso juto aos demais candidatos de assumir a reitoria caso estivesse na lista tríplice enviada ao MEC, Ministério da Educação..

Minha coordenação de campanha me lembrou: o senhor disse isso, mas se equivocou pois assinou junto com o demais candidatos a declaração de investidura o cargo, onde declaramos que se estivesse na lista triplice, aceitaria ser nomeado como reitor’‘ disse cinicamente Bulhões em coletiva de imprensa.

Sistema de lista tríplice

Atualmente no país ocorre que nas eleições em várias universidades federais para reitor, o método habitual é a tal lista tríplice, em que três nomes colocados para serem escolhidos para o MEC, Ministério da Educação, seguindo a linha de Weintraub e Bolsoanaro

É óbvio que o sistema de lista tríplice é autoritário e arcaico. A AJR, Aliança da Juventude Revolucionária, a juventude do PCO, sempre se colocou contra este método pois defendemos que a universidade governe a si mesma.

Não é democrático eleger ”um rei”, uma pessoa dotada de plenos poderes e efetivamente intervir e assassinar a autonomia universitária.

Mas o que vemos é que as eleições diretas estão fracassado na medida em que o governo Bolsonaro simplesmente acabou com a discussão: é chegada a lista tríplice e ele escolheu o candidato dele. Pronto, acabou.

Aprofundamento dos ataques

O reitor Rui Opperman tomou um choque de realidade, afinal de contas sempre apoiou o atual sistema de lista tríplice para se manter, mas com o aprofundamento do golpe e da extrema-direita no regime se mostrou incapaz de combater a ditadura que se aproxima, diversas vezes capitulando para os golpistas e se colocando de quatro para os fascistas, como muitos reitores no Brasil inteiro acabaram fazendo desde o golpe de 2016.

Então já estamos acostumados com pessoas que são inimigas do movimento estudantil e da universidade, mas Bolsonao pretende introduzir dentro do ambiente universitário uma ideologia de extrema-direita e concepções da direita fascista.

É preciso denunciar essa escolha e exigir para todas as universidades a luta por um governo tripartite, para os estudantes, os professores e os técnicos universitários.

Comitês estudantis de luta mantem a mobilização

A mobilização popular dentro da universidade em defesa dos ataques continua intensa e promete muito mais a partir dos próximos dias, mantendo a luta contra a posse do interventor bolsonarista na UFRGS.

Já foram dois atos realizados e cerca de mil pessoas se manifestaram presencialmente contra a intervenção fascista na universidade. É preciso saudar o que já foi feito, mas não subestimar o caráter gigantesco que a luta tomará forma nos próximos meses na mobilização contra o governo de extrema-direita.

Finalmente, os estudantes sabem que todas palavras de ordem sobre autonomia universitária passam pela derrubada do governo golpista de conjunto que se manifesta da verdadeira ditadura que é o regime de Bolsonaro.

Que os atos continuem, Fora Bolsonaro, Fora Bulhões, Fora todos os golpistas!

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