Desde a Copa do Mundo no Brasil, em 2014, com toda a campanha contra o futebol brasileiro e contra o PT da parte da direita, amparada pelo “Não vai ter Copa” de Boulos e companhia pequeno Burguesa é muito transparente que os grandes capitalistas que controlam esse esporte no Mundo, não querem mais que o povo, as grandes massas compostas de trabalhadores, frequentem os estádios de futebol no Brasil.
Dentro dessa política proclamaram a era do tal “futebol moderno”, que de nada tem a ver com a melhoria da qualidade do evento, mas apenas com a elitização do futebol, esporte que sempre teve como atrativo a capacidade de arrastar multidões, em sua maioria a classe operária. Além da transformação de estádios populares, que possuíam ingressos baratos, por Arenas multiuso, inflacionando o valor do ingresso, extinção das gerais, proibição das bandeiras tudo com o objetivo de expulsar dos estádios os torcedores oriundos da classe operária, para preenchê-los de torcedores com maior poder aquisitivo, integrantes da branca classe média e alta brasileira.
Agora seguindo a mesma linha os capitalistas ligados ao esporte(patrocinadores, conglomerados de TVs, em especial a Rede Globo), assim como a burguesia fascista brasileira fazem campanha escancarada pela entrada de dezenas de treinadores estrangeiros no país. Estes reacionários que sempre fizeram campanha e agiram contra técnicos de futebol brasileiros negros, casos de Andrade, Cláudio Adão, Cristóvão Borges, Roger e Marcão entre outros, aumentam a campanha pela entrada de técnicos gringos no futebol brasileiro.
A campanha é tão grande que no começo deste ano o Brasil somente nas suas equipes da série A e B contavam com 5 treinadores estrangeiros, com esse número os dois principais campeonatos do país, séria A e B, apresentavam já naquela ocasião, mais técnicos estrangeiros do que ligas europeias, como a espanhola e a italiana, com 3 técnicos estrangeiros, e a portuguesa com apenas 1.
Agora, após a confirmação da saída de Jorge Jesus, a Globo, principalmente, e os demais grandes meios de comunicação praticamente definem que novo técnico do flamengo tem que ser estrangeiro e criam listas de nomes.
Os argentinos Marcelo Gallardo, do River Plate, e Jorge Sampaoli, ex-Santos e hoje no Atlético-MG, Miguel Ángel Ramírez, do Independiente Del Valle, além de Leonardo Jardim, português que já dirigiu o Mônaco são técnicos cujos nomes são propagandeados pela imprensa e recebem apoio da diretoria bolsonarista do clube da Gávea.
Acertadamente o técnico palmeirense Vanderley Luxemburgo, após o acerto de Jorge Jesus do acertando com o Benfica de Portugal, um mês depois de assinar renovação com o clube carioca, foi tema de sua coletiva na sexta-feira passada. O técnico do Palmeiras denunciou que as críticas estão sendo muito menos pesadas ao técnico português do que ocorreria se um técnico brasileiro tomasse a mesma decisão.
Com todas as letras Luxemburgo declarou: “Quem precisa resolver é o Flamengo, que perdeu um treinador que cismou de ir embora no meio do caminho, que largou. É um treinador estrangeiro. Se fosse um brasileiro fazendo isso, a porrada hoje seria tamanha, seria porrada a todo momento”
Vanderley ainda citou o óbvio que a saída de Jorge Jesus, não muda o patamar do Flamengo, que a qualidade dos jogadores do time carioca em sua enorme maioria de brasileiros continua e que, com ou sem o treinador português, o Flamengo continua favorito a disputa dos principais títulos do país.
A questão dos técnicos estrangeiros é a continuidade da campanha contra o futebol brasileiro que é mantida de diversas formas, atacando torcidas, jogadores como Neymar e Gabriel Jesus (não por acaso negros), e permitindo que grandes empresas estrangeiras tomem conta do futebol brasileiro que é o caso do imperialismo no futebol, trazendo técnicos de fora para facilitar o domínio do futebol brasileiro pelos capitalistas, principalmente os europeus.