O governo ilegítimo de Jair Bolsonaro, pressionado pela burguesia, em especial, os bancos, continua os ataques contra a classe trabalhadora brasileira. Desta vez, o líder fascista prorrogou, através de decreto, a posssibilidade de ampliar, por mais dois meses, os acordos de redução de jornada de trabalho e salários. O corte de salários pode chegar a 70%, segundo a legislação inimiga do trabalhador.
Os capitalistas, que utilizam a pandemia para ficarem mais ricos às custas da exploração do povo, são os verdadeiros “donos” do governo e utilizam da pequena base social de Bolsonaro para implementar todo tipo de ataque possível à classe trabalhadora e a suas organizações, fazendo um verdadeiro saque ao dinheiro do povo.
A direita tradicional, conhecida demagogicamente como “centrão”, composta por DEM, PSDB e outros partidos que compactuam com Bolsonaro, mas fazem de tudo para escondê-lo, vota com o governo golpista sempre que a pauta envolve reduzir os direitos dos trabalhadores. Assim foi na reforma da previdência, que fará o povo trabalhar até morrer, na reforma trabalhista, que buscou destruir os sindicatos e ampliar a terceirização, além do valor digno de esmola dado para o povo durante a pandemia.
O mesmo “centrão”, que tenta se revigorar eleitoralmente através de farsesca “frente ampla”, fez vista grossa ao governo entregar mais de 1,3 trilhão de reais aos bancos a fundo perdido. Enquanto isto, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da câmara federal, faz propaganda aberta e escancarada pela reforma administrativa, que retirará direitos históricos dos funcionários públicos. Trata-se de uma política coordenada de destruição nacional.
A justificativa do governo para os ataques contra os trabalhadores é que estas “reformas” reduzirão o desemprego e aumentarão a renda, porém o que se vê é um aumento galopante do desemprego, a erosão total da renda, o retorno da fome e a precarização do trabalho.
Ao mesmo tempo que retira direitos e salário do povo, os golpistas acabam com saúde, educação e moradia, através da Emenda Constitucional 95, que criou o teto de gastos. Assim, fica óbvio que não é possível aguardar até 2022, como a esquerda pequeno burguesa tanto sonha, mas que o governo golpista e ilegítimo deve ser derrubado imediatamente através da mobilização popular.
Criar ilusões em eleições e numa suposta frente ampla só trará mais derrotas à esquerda. O povo sabe quem são seus inimigos e uma aliança eleitoral com estes só causará mais descrença na esquerda e uma despolitização geral. Enquanto Bolsonaro e os golpistas esfolam vivo o trabalhador, a esquerda eleitoreira sucumbe e, como já é tradição, coloca a culpa no povo por seu fracasso.
A esquerda deve abandonar imediatamente esta política e mobilizar imediatamente o povo pelo “Fora Bolsonaro”, eleições gerais e pela candidatura de Lula.