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Bolsonaro quer instituir a Lei seca em seu governo

O futuro Ministro da Cidadania de Bolsonaro, o médico gaúcho Osmar Terra (MDB-RS) não é novo em coisa alguma: tem 68 anos e já era ministro (“do Desenvolvimento Social e Agrário”) do golpista Temer. E as ideias dele também são do arco da velha: quer limitar a venda de bebidas alcoólicas com a desculpa que isso “combate a violência”. Houve um sujeito, no Estados Unidos, nos anos 30 do século passado, chamado Al Capone, que ficou rico por causa dessa mesma ideia e, por causa da conhecida “lei seca”, a violência só fez aumentar.

Na cabeça do Terra, que parece tê-la no mundo da Lua, jovens urbanos se recolheriam mais cedo às suas confortáveis residências e não ficariam zanzando pela night se não tivessem onde comprar bebidas alcoólicas depois de certo horário.

De acordo com o futuro ministro, ele teve essa ideia depois que visitou a Islândia, uma país de 500 mil habitantes (população menor que Ribeirão Preto, terra do Pinguim), que adotou restrição à venda de bebidas alcoólicas ao mesmo tempo em que manteve os jovens ocupados com esportes, música e dança, para afastá-los das ruas e das drogas.

Faltou Terra acordar para o fato de que a violência não é causada pela bebida. Mais de 60 mil brasileiros morreram em um ano, aproximadamente 12% da população da Islândia, sendo que ao menos 60% desse total tiveram suas vidas ceifadas por serem pobres, negros, indígenas, e estarem na mira da execução sumária polícia, do Exército de ocupação ou de jagunços. A maioria das mortes nada teve a ver com álcool.

É apenas mais uma iniciativa moralista de um governo de ocupação que começa atirando distrações à esmo, para que a população se desconcentre dos verdadeiros assuntos importantes, das tungadas que estão levando na retirada dos programas sociais, nos cortes em Saúde e Educação, no desmonte dos direitos trabalhistas e no anunciado ataque às aposentadorias e entrega do patrimônio de todos os brasileiros para estrangeiros para alguns ganharem vantagens.

Não devemos sequer descartar a hipótese de que a ideia de restrição de venda de bebidas alcoólicas não tenha alguma “pegadinha”: algum favorecimento ao mercado externo de bebidas. Nunca é demais ficar de olho.

Vale lembrar que Terra pediu uma doação a OAS para o financiamento de sua campanha a deputado federal em 2014. Ele mesmo confirma o pedido de R$ 150 mil a empreiteira e que fez ligações a Léo Pinheiro para saber da propina. No entanto, afirma não ter recebido via caixa 2, pois a doação não aparece na sua declaração ao TSE.

Ele também está envolvido em denúncia do Ministério Público Federal por obstrução da Justiça quando era secretário da Saúde no Rio Grande do Sul por não ter informado, depois de cinco insistências, a situação da falta de medicamentos. Foi absolvido em 2011 pelo então presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, porque sua secretária adjunta, Arita Gilda Bergmann, “assumiu” a responsabilidade pelo caso.

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