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Reabertura das escolas

Novo estudo expõe farsa da volta às aulas em SP

Governo se organiza para impor retomada do ensino presencial em escolas precárias, que não possuem sequer papel higiênico

Conforme divulgado no início deste mês em um estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em parceria com o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP) e com o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), a maioria das escolas da rede estadual do estado de São Paulo é dotada de uma infraestrutura extremamente precária que, no contexto da atual pandemia e do plano dos governos de retomar o ensino presencial nas escolas, por si só torna absolutamente clara a inviabilidade desta medida do ponto de vista do interesse da população em preservar as vidas dos estudantes, trabalhadores da educação e seus familiares. Este é, porém, um interesse apenas secundário para donos de escolas, especuladores financeiros que atuam junto aos monopólios da educação privada e para os bancos, que não hesitam em passarem por cima da segurança da população e manobram incessantemente através de seus representantes no Estado pela retomada do ensino presencial praticamente desde o início da pandemia.

O estudo relata que 99% das unidades escolares não possuem sequer um ambulatório, enfermaria ou consultório médico, que 82% das escolas estaduais não possuem mais do que dois banheiros para uso dos estudantes e que 93,4% das turmas das escolas teriam que ter o seu contingente de alunos reajustado para que fosse viável a retomada de atividades presenciais com um distanciamento de um metro e meio entre os alunos nas salas de aula.

Ainda, conforme divulgado em um relatório do Tribunal de Contas do Município (TCM), no ano passado 26% das escolas municipais não possuíam um suprimento constante de papel higiênico e 75% não possuíam sequer sabonete líquido para uso dos estudantes. Dada a política de permanente sucateamento e estrangulamento financeiro dos estabelecimentos de ensino público levada adiante pelos governos tucanos que controlam o estado há quase 30 anos, estando as escolas estaduais nestas condições no período anterior à pandemia, é muito difícil acreditar que esses governos terão a intenção ou a capacidade de readequar as escolas aos alegados requisitos de segurança sanitária necessários para uma retomada segura de atividades presenciais, no meio de uma profunda crise econômica e de uma situação falimentar dos governos estaduais e municipais.

Diante da campanha genocida pela retomada do ensino presencial, da política de depredação da educação nacional representada pela imposição de regimes de Ensino à Distância (EaD) improvisados e inacessíveis à maioria dos estudantes e da oposição da esmagadora maioria da população a esta realidade, a mobilização dos trabalhadores da educação, estudantes e seus pais contra a política educacional e as demais medidas de destruição nacional levadas adiante pelo atual regime político golpista se coloca como atividade de primeira necessidade.

Como forma de superar a paralisia e as mobilizações inócuas que tomaram conta de amplas parcelas do movimento estudantil, sindical e dos partidos políticos, a população precisa se mobilizar contra os governos golpistas e a burguesia parasitária que os controla. Precisa, particularmente no contexto dos ataques contra a educação e como já tem sido feito com sucesso em locais como o Distrito Federal, organizar-se em Comitês de Luta e paralisar as instituições de ensino até que a situação de pandemia seja controlada e que haja uma vacinação eficiente aplicada à maioria da população.

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