Da redação – O presidente golpista Michel Temer está sendo alvo da 3ª denúncia realizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) com base em denúncias de corrupção.
A PGR, de Raquel Dodge, funcionária do imperialismo norte-americano, está acusando o ex-presidente de ter desviado cerca de R$ 32 milhões no período de agosto de 2016 a julho de 2017.
Dessa vez, a denúncia de Dodge inclui as duas denúncias da PGR contra o presidente, na época de Rodrigo Janot, à partir das delações do grupo JBS. A PGR requereu 5 novos inquéritos contra o ex-presidente.
As novas denúncias contra o ex-presidente acontecem logo antes dele deixar o cargo de presidente ilegítimo para o Jair Bolsonaro, o candidato da fraude eleitoral.
O que parece é que o fundo da situação está ligado a uma crise da bloco golpista. Já no ano passado, Temer quase foi retirado pelo imperialismo. Porém, diante da crise, recuaram na situação.
Agora, sendo Temer um membro importante de um grupo da burguesia que o imperialismo quer acabar, a crise pode estar explodindo mais uma vez contra ele.
Segundo uma reportagem no Blog do Josias, no UOL, Temer estaria pessimista sobre o que estaria por vir. O presidente estaria temendo a prisão. A reportagem ainda conta que os setores aliados a Temer o teriam aconselhado de “passar um tempo” (fugir) para Portugal.
Temer teria respondido: “vão dizer que estou fugindo. E eu não vou fugir, vou enfrentar.”
Como tudo o que ocorre nos meios políticos da burguesia, está sendo por debaixo dos panos. Portanto, não dá para saber exatamente quais são as razões para os ataques contra Temer. Com certeza, vindo do imperialismo, dá para saber que não se trata de coisa boa.
Porém, é preciso acompanhar a situação para ver exatamente do que se trata. Entretanto, é preciso combater a concepção sectária da esquerda pequeno-burguesa que está comemorando as acusações contra Temer. Se de fato, elas são boas para explicitar o caráter do regime golpista, que foi estabelecido com base no “combate à corrupção”; por outro lado, não há nada a se comemorar.
Primeiro, pois na maioria das vezes os políticos de direita são livrados da pena pelo judiciário, Segundo, pois a burguesia não é uma classe social unitária, e existem divergências entre o bloco político que sustenta Temer e o imperialismo.
Tratando-se de uma ofensiva do imperialismo, pode-se ter certeza que será mais uma medida para aprofundar o poder político do capital financeiro no país e arrastar os ataques contra os trabalhadores.