Da redação – A Nova Zelândia sofreu com atentados em duas mesquitas de Christchurch, a terceira cidade mais populosa do país. Pelo menos 49 pessoas morreram. Os ataques foram simultâneos, nos templos de Masjid Al Noor e Linwood. No primeiro templo, morreram 41 das 49 pessoas.
Os templos estavam localizados em uma cidade tipicamente inglesa, Christchurch (Igreja de Cristo), e os atiradores descendentes de inglês, australianos – em um país onde a maioria da população é polinésia. A Inglaterra invadiu a Nova Zelândia e os ingleses brancos são parcela expressiva da extrema-direita do país. Segundo as descrições, era um “branco loiro”. O que explica o atentado conta os muçulmanos.
Um dos atentados foi filmado e transmitido ao vivo pelo facebook.
Um dos fiéis que se encontrava na mesquita disse “eu estava apenas orando a Deus e esperando que nosso Deus, por favor, fizesse esse cara parar”.
“Os disparos continuaram e continuaram. Uma pessoa que estava com a gente estava com uma bala no braço. Quando os tiros pararam, eu olhei sobre a grade, havia um cara, trocando sua arma.”
Assim como no Brasil, com o caso que aconteceu recentemente em Suzano, os fascistas ingleses se organizavam em um fórum, onde a divulgação de conteúdo racista e direitista era ampla. No fórum foi divulgado o link do Facebook que levava à transmissão do atentado.
Foi divulgado também um manifesto com ideologia anti-muçulmana e supremacista branca, e coloca a ideia de um “genocídio branco”.
A primeira-ministra Jacinda Ardern declarou “Esse é um dos dias mais sombrios da história do país. Esse tipo de violência não tem lugar na Nova Zelândia, é um ato sem precedentes”.
Percebe-se que o crescimento da extrema-direita está tingindo o mundo todo. E por isso é ainda mais necessário combater os fascistas.