Expedito Mendonça

Militante trotskista há 40 anos, fundador e atual diretor do Sindsep-DF. Formado em História pela UniCEUB, membro da comissão de redação do Jornal Causa Operária e colunista do Diário Causa Operária.

Infecção e mortes

Nos EUA, coronavírus leva professores a óbito

Os capitalistas são os mesmos em qualquer parte do mundo, pois nada mais lhes interessa, senão a exploração e o lucro

O país capitalista de economia mais pujante e desenvolvida do planeta vem apresentando um quadro alarmante e catastrófico no que diz respeito à pandemia do coronavírus. O contingente de infectados nos EUA já ultrapassa a assustadora marca de 6,3 milhões, registrando também um número que já se aproxima das duzentas mil mortes. O total de casos confirmados nos EUA é o maior do mundo, agora acima de 6,3 milhões, seguido pela Índia, com 4,4 milhões, e Brasil, com 4,2 milhões. O total de mortes dos EUA também é o maior do mundo.

 Mesmo diante dessa situação calamitosa, de absoluto caos e tragédia, não há medidas sanitárias eficazes para impedir o crescimento e a disseminação do vírus, assim como os cuidados necessários à preservação de vidas são muito negligentes e precários.

 Em meio aos números aberrantes da covid-19 no país, trabalhadores de determinadas áreas profissionais estão sendo obrigados a retornar ao trabalho, ficando expostos aos riscos da contaminação, em razão da alta taxa de infectados existente em quase todas as regiões do território norte-americano.

 São emblemáticos os casos de três professores dos EUA que faleceram da covid-19 nas últimas semanas. De acordo com informações, os três profissionais voltaram ao trabalho presencial no país e entraram em contato com alunos antes da infecção.

 Além dos três casos mais recentes, outros óbitos e infecções já foram registrados entre professores e alunos nos EUA. Algumas universidades, inclusive, precisaram interromper as aulas após um alto número de estudantes infectados. Dados de pesquisa informam que muitos norte-americanos já se manifestaram contrários ao retorno das atividades acadêmicas e estudantis, enquanto perdurar as altas taxas de infecção e o descontrole da disseminação da doença no país.

 Da mesma forma como vem ocorrendo no Brasil, há também nos Estados Unidos todo um enorme movimento para o retorno das atividades econômicas. Os capitalistas exercem uma enorme pressão sobre os trabalhadores para que estes retornem aos seus postos de trabalho, mesmo com todos os riscos de contaminação que a situação ainda oferece.

 Os EUA são neste momento o epicentro da crise econômica e social no mundo, onde há toda uma enorme revolta popular contra a violência estatal que é exercida sobre segmentos sociais oprimidos (negros, imigrantes, etc.), o que, recentemente, deu lugar a gigantescas mobilizações que cobriram todo o país, sobretudo da população jovem, ocupando as ruas das principais cidades norte-americanas.     

 A situação de crise instalada na maior potência capitalista do planeta é um indicador seguro da aguda desagregação do sistema lastreado na propriedade privada dos meios de produção. Nos EUA, estão colocadas todas as mais favoráveis condições para a criação e o desenvolvimento de um genuíno e autêntico partido operário revolucionário, de massas, que lute pelo fim do capitalismo, pela supremacia política e social da classe operária, arrastando consigo todos os setores oprimidos e explorados pelo imperialismo.   

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